Um Botafogo remendado, com mais de um time desfalques, foi a campo, fez jogo duro com o Atlético-MG e perdeu por 1 a 0 por falhas defensivas. Após a partida válida pela 17ª rodada do Brasileirão, neste domingo (17/7), o técnico Luís Castro deu entrevista coletiva, falou das dificuldades na montagem e afirmou que a equipe poderia obter um resultado melhor.
– Mais uma vez uma partida com contexto muito difícil, perante uma equipe muito boa, que luta pelo título do Brasileirão. Quando abordo as questões das dificuldades de montar a equipe, houve uma ou outra posição de muito difícil solução. Fomos realmente surpreendidos com problema do Gatito desde a noite, que não conseguimos resolver até a hora do jogo. Tivemos dificuldade na lateral-esquerda, fomos buscar um jogador na nossa academia e treinando três dias, sem ter o conhecimento das nossas dinâmicas e dos colegas em campo. Sauer esteve durante um mês e meio parado, não tem os índices físicos, psicológicos e técnicos que o façam estar tão bem em campo, mas é natural, teve crescimento, que precisamos para a equipe. Temos outros problemas em outra posição que, resolvidos, poderão nos fazer ao gol com mais facilidade. Mas não foi por isso que deixamos de merecer o resultado, embora eu sabia que o merecimento no futebol são os gols que entram e os que você deixa de sofrer. Não tenho nada a dizer, mas poderíamos ter chegado um pouco mais à frente no resultado, pela entrega da equipe. Sabíamos o que queríamos, pressionar o Atlético alto, ganhar profundidade, fazer variações de correr, entrar pelos lados, embora não tenhamos conseguido nos últimos 15 minutos do primeiro tempo – declarou Luís Castro.
O treinador português comentou sobre a grande quantidade de lesões e se é possível fazer algum diagnóstico.
– Nós avaliamos, faz parte das nossas preocupações, perguntamos a nós mesmos, fomos avaliar fisiologicamente cada exercício e a forma que recuperamos os jogadores. Nossa metodologia passa por ter os jogadores frescos para jogarem bem. Nossa equipe tem atitude, corre do primeiro ao último minuto. É uma verdade que temos muitos jogadores fora, podemos montar uma equipe só deles, tão competitiva quanto a que terminou o jogo. Seria fantástico para mim. Nossa conclusão é que não é a metodologia, aplicamos muitos anos, não tem essa incidência de lesões, temos programa de prevenção de lesões. O certo é que já tivemos cruzados, Breno, Kayque. Não vou voltar a falar de centro de treinamento, não quero ser mal-interpretado, quero falar só das verdades e do que são as minhas idades. Estamos a passar de um piso para outro, não sei se impactou nas lesões, sei que não é bom. A densidade de jogos também pode ser, outras equipes sofrem. Temos o impacto de cada exercício no jogador, passa por recuperar, um dia de mais tensão (espaços curtos), outro de espaços maiores, depois o pré-jogo. Eles têm dado o máximo, estou satisfeito por isso. Não conseguimos interpretar exatamente o que está acontecer porque nunca tinha nos acontecido isso – explicou.