Luís Castro aponta evolução do Botafogo em um ano e frisa: ‘Abdiquei de posição estável para vir para o desafio e não estou arrependido’

Luís Castro em Audax x Botafogo | Final da Taça Rio 2023
Reprodução/BandSports

A coletiva de Luís Castro após a vitória do Botafogo por 2 a 1 sobre o Audax, neste domingo (2/4), no jogo de ida da final da Taça Rio-2023, teve certo tom de desabafo. O treinador português fez questão de lembrar como era o clube antes da SAF, valorizou os jogadores e garantiu não ter arrependimento em ter vindo.

Incomodado com a questão do calendário, que iniciou maratona de jogos, o técnico lembrou que sempre será cobrado pelos resultados.

O que posso dizer de uma coisa que não interessa a ninguém? Nem mídia nem torcida. Querem o resultado. Não adianta dizer que vamos ao Chile, depois Volta Redonda, depois Ypiranga, isso não interessa nada. Temos que aceitar. As vitórias todas são importantes para nos motivar para o trabalho diário, a derrota nos obriga a fazer o luto delas, tem que ser de forma rápida. Estamos conscientes do que nos espera, queremos que todos os jogadores estejam disponíveis e sabemos que os desafios aparecem para quem está metido nas competições. Lembro bem o que era o Botafogo há um ano atrás e o que é hoje. Não dá para apagar da minha memória o que encontrei e não dá para apagar o que está construindo. Felizmente está em todas as competições, há um tempo atrás não era assim – afirmou Luís Castro.

O português apontou as diferenças no Botafogo com a SAF.

Mudou bastante. Era um Botafogo que não tinha um campo para treinar, não tinha vestiário para seus jogadores, percorreu o anexo que não tinha condições, o espaço da Aeronáutica também não, o Espaço Lonier tinha a dureza dos campos, conseguimos recuperar. Foi construído um vestiário a dois meses do fim do campeonato, para não se equiparem os jogadores três a três ou dois a dois, porque o espírito do vestiário também é determinante para se conquistar a união do grupo. Temos organização melhor, jogadores vindo da formação, como Bernardo Valim, Raí, JP, Janderson, já vendemos o Jeffinho. Já é um Botafogo que potencializa e vende. Um elenco que mudou quase 90%. Vocês podem fazer essa análise tão bem ou melhor que eu. Quando cheguei, as notícias é que era um clube a ser salvo em sua existência, tinha problemas gravíssimos para sua continuidade no patamar maior do futebol brasileiro. Hoje olha-se para o Botafogo e acho que está diferente. Não quero ser mal-interpretado, é um trabalho de muita gente. Eu faço o meu trabalho, de forma digna e honesta, abdiquei de uma posição muito estável para vir para um desafio, não estou nada arrependido de ser atirado para o desafio mesmo nos momentos muito difíceis que temos passado, que têm marcado bastante. Com empenho e dedicação temos ultrapassado. Muitas vezes quando ninguém nos compreende, felizmente tenho tido um grupo de trabalho que tem me compreendido e fico muito grato por isso – acrescentou.

Fonte: Redação FogãoNET

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