Luís Castro diz que Botafogo seguirá, mas pergunta: ‘Sou fundamental no projeto? Por que não colocaram a multa em R$ 50 milhões?’

Luís Castro diz que Botafogo seguirá, mas pergunta: ‘Sou fundamental no projeto? Por que não colocaram a multa em R$ 50 milhões?’
Reprodução/SporTV

Bombardeado por perguntas sobre a proposta do Al-Nassr, Luís Castro teve momentos tensos na coletiva de imprensa após o empate do Botafogo em 1 a 1 com o Magallanes nesta quinta-feira (29/6), no Estádio Nilton Santos. Questionado sobre a interrupção do projeto, o treinador fez um desabafo:

O projeto do Botafogo não existia três meses atrás, quando a comunicação queria me mandar embora? Um bom projeto não pode depender de uma só pessoa. Não pode! O término do projeto é o final do campeonato? Eu sou fundamental num projeto? Por que não colocam minha cláusula em R$ 50 milhões para eu sair? – perguntou Castro, antes de se mostrar arrependido com a resposta.

Nós, quando elaboramos um contrato, sabemos o que estamos assinando, em qualquer profissão. Se não queremos que algumas cláusulas estejam no contrato, nós não assinamos. Eu saí do Al-Duhail (para o Botafogo) porque havia uma cláusula. Existem vários projetos que o deixamos passar. Eu deixei o do Al-Duhail – lembrou.

O treinador disse entender os xingamentos da torcida e, quando foi perguntado se o fato de estar indo para uma ditadura, onde direitos humanos básicos não são respeitados, afirmou que não deixa assuntos políticos entrarem em suas decisões.

Tenho uma profissão e nunca tive uma ação política na minha vida. Portanto, não vou me pronunciar sobre isso. Transporto muito os valores comigo, não respondo pela ação de mais ninguém, nem do governo brasileiro, nem do governo espanhol, etc… – respondeu Castro.

Luís Castro citou legados, falando em tom de despedida, apesar de reforçar que uma decisão só será tomada nesta sexta após reunião com seu empresário e com John Textor.

Minha vinda para cá foi para reorganizar o clube, para formarmos um elenco competitivo, lutar por algo maior do que estávamos fazendo, era um clube que estava vindo da Série B, com vários problemas, não tínhamos campo de treino, um estádio com gramado problemático e colocamos mãos à obra. Conseguimos um lugar para treinarmos, fomos até o Lonier e hoje conseguimos vestiários para todos os lugares, abandonamos compartimentos de dois, três blocos, hoje temos refeitórios. Os campos também tivemos que colocar mãos à obra e felizmente hoje temos um estádio renovado, com melhores condições, temos um elenco que continua na Sul-Americana, que está em primeiro lugar no Brasileirão e me deixa muito feliz. Todos foram muito importantes, não foi só eu importante.

Fonte: Redação FogãoNET

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