Luís Castro critica imprensa por criar ‘crises artificiais’ e busca ‘harmonizar expectativas’ no Botafogo

Luís Castro critica imprensa por criar ‘crises artificiais’ e busca ‘harmonizar expectativas’ no Botafogo
Vitor Silva/Botafogo

Em reflexão em evento organizado pela CBF, na última segunda-feira, Luís Castro falou sobre a pressão que há em treinadores no Brasil. O técnico do Botafogo criticou a imprensa pela forma que analisa os contextos.

– Será que muitos dos que escrevem vão para a rua porque escrevem três crônicas ruins? Será que vão para a rua porque em quatro jogos não acertam nada do que dizem? Só o treinador é culpado de tudo no futebol brasileiro. Sou culpado do que realmente sou culpado. Somos uma equipe assumidamente candidata a ficar na Série A este ano, resolveram dizer que estávamos em crise. O Botafogo estava em crise, segundo a imprensa, mas uma equipe que é para se manter na Série A nos últimos sete jogos perde dois, empata três e ganha dois e está em crise? São crises artificiais, muitas vezes os treinadores caem por essas crises artificiais – argumentou Luís Castro, em trecho reproduzido pela Rádio Globo.

Na “Brasil Futebol Expo 2022”, o treinador português também comentou sobre controlar as expectativas no clube.

– As expectativas estão ligadas diretamente às frustrações. Quanto mais altas as expectativas, se não as atingirmos mais frustrados, tristes e desiludidos ficamos. A melhor coisa é harmonizar as expectativas, sermos realistas em função do que existe. Muitas vezes isso é interpretado como desculpa, não é desculpa nenhuma, só estou a passar o que esta se passando no clube. Nossos torcedores devem perceber exatamente o que se passa no clube – explicou Castro, que citou o caso de Jeffinho.

– Não tinha ponta, tinha que buscar, falaram “Mister, temos um, se quiser vê-lo, veio do Resende, está na equipe B”. Eu disse “OK, traga lá o ponta”. Ele veio, começou a treinar conosco, eu disse “equipe B? Já devia ter vindo há mais tempo”. Era o Jeffinho. Depois que entrou no onze inicial, não saiu mais – completou.

Fonte: Redação FogãoNET e Rádio Globo

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