Luís Castro explica respostas ‘polêmicas’, elogia torcida e destaca projeto do Botafogo: ‘Me entusiasmei e vim para uma construção, não é com varinha mágica’

Luís Castro em Botafogo x Atlético-MG | Campeonato Brasileiro 2022
Reprodução/Premiere

Na coletiva após a derrota por 1 a 0 sobre o Atlético-MG, neste domingo (17/7), Luís Castro foi perguntado sobre respostas que geraram certa polêmica em outras oportunidades, como quando falou de uma possível saída do Botafogo. Motivado no cargo, o treinador creditou as polêmicas e os mal-entendidos e garantiu seguir confiante no projeto.

– Cada reposta tem um contexto. Se você for pegar de forma solta, vai ver um conjunto de incongruências. No contexto, faz mais sentido. Explico cada uma das minhas palavras. Projeto não pode depender de pessoas, deve depender do projeto. Se saírem pessoas, têm que entrar outras com o mesmo perfil. Por isso que falo comigo ou sem mim, o projeto tem que viver dele próprio. Visa o crescimento do clube, através do jogar, elenco, academia (base), espaços novos, ligação da academia com equipe A, estruturas e crescimento social, com mais adeptos, mais torcida. Hoje nos apoiou do início ao fim e se despediu com aplausos, porque reconheceu que os jogadores entregaram-se por completo e que foi uma injustiça ao resultado. Parabéns à torcida e aos jogadores, foi fantástico, disseram que não é só o resultado que conta, é o trabalho. Isso é defender o Botafogo e o futuro do Botafogo, está a se criar estabilidade para o projeto – destacou Castro.

O treinador também não deixou dúvidas que pretende permanecer no clube, como afirmou na quinta-feira, quando disse que deseja cumprir o contrato.

Na última coletiva fui bem claro. Sabe por que respondi isso? Porque houve um colega seu que quis dizer que eu estava agarrado ao meu lugar. Eu disse que não estou agarrado a nada, teve um contexto. Uma pergunta não pode ser uma ameaça ao treinador, tem que ser feita com respeito, como respondo, com olho no olho. É só respeito que eu quero, nada mais. Não tem problemas exigirem que eu vá embora, mas que seja com respeito. Se não nos respeitarmos, como será esse mundo? Todos os seres humanos merecem ser respeitados. As pessoas não perceberam que isso não é um problema para um treinador, estamos no mercado constantemente, saímos daqui, vamos para ali, as carreiras falam por si. Meu objetivo quando vim para o Botafogo, não tinha só o Botafogo, tinha outras soluções… Ao contrário do que dizem, as pessoas trabalham por dinheiro, também, vendem seu trabalho. Eu poderia vender a preço mais alto. Mas vim para o Botafogo porque me entusiasmei muito em trabalhar em um clube histórico, em que jogaram grandes jogadores e em um projeto diferente dos outros. Espero realmente que seja um projeto de construção, não é com varinha mágica. Sinto que a torcida está a perceber o que é o projeto, embora saibamos todos nós que precisamos de pontos para o projeto Botafogo – admitiu o treinador, que acredita que os torcedores respondem ao que é apresentado.

– O medidor do acreditar ou não não estará no número de pessoas que vêm ao estádio. Torcedor é sempre torcedor. É que o vem, o que não vem, o que está ou não no Brasil, o que está doente vendo pela TV. Há o respeito por todos e pela liberdade. Aprendi o que é isso com 12 anos em Portugal. É escolhermos o que cremos. Não é porque não tem tanta gente no estádio que não acreditam. Quando os resultados não são tão bons, naturalmente as pessoas se afastam, assim como vêm mais com os resultados bons, que atraem. Nós, profissionais do clube, temos que estar sempre dentro do trabalho e com muita ambição para representar. Hoje foi um péssimo resultado, mas trabalhamos muito. Parabéns aos jogadores e torcida, que fizeram união muito boa, e acreditaram até o fim, contra equipe que luta pelo título do Brasileirão – completou.

Fonte: Redação FogãoNET

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