Luís Castro em nenhum momento mostrou abatimento com a eliminação do Botafogo nos pênaltis para o Athletico-PR, na Copa do Brasil, e adotou um discurso de continuação do trabalho. O Glorioso é o atual líder do Campeonato Brasileiro, de forma isolada, e também lidera seu grupo na Copa Sul-Americana.
– Falo aqui exatamente aquilo que falo aos jogadores. O futebol não se rege por “ses”. Se isso, se aquilo… Não há que lamentar nada. Há que seguirmos em frente, da mesma forma, determinados, olhando os adversários de frente, jogando contra qualquer equipe do mundo em qualquer estádio do mundo. Umas vezes teremos sucesso, noutras não. Baixar a guarda, nunca. Agora é olhar para sábado. Falaram muito dos desfalques do Athletico-PR, mas nos faltaram Rafael, Matheus Nascimento, Patrick de Paula, Danilo Barbosa, Gabriel Pires, Matías Segovia… No futuro imediato, quero que sejamos tratados com respeito por todos de forma igualitária – afirmou Castro, que não viu lado positivo por ter agora menos jogos no calendário:
– Não vejo qualquer benefício de estar fora, quero jogar, jogar, jogar, ir às finais e ganhar as finais, esse é sempre o objetivo. Não há qualquer benefício numa eliminação. Há sim prejuízos, e estou falando da dimensão mental, uma equipe que ganha sempre está mais pronta para as competições do que uma equipe que perde. Queremos sempre ganhar.
O técnico do Botafogo foi perguntado também sobre a construção de uma mentalidade vencedora no clube, após a observação de que o Athletico-PR tem conseguido se sobressair em competições mata-mata, ao contrário do Alvinegro.
– A mentalidade vencedora é algo que se constrói com vitórias. É algo que não se diz, se faz. Ao longo do tempo, temos que ganhar mais do que perder. E instalando essa mentalidade, é muito difícil de tirar. Porque o atleta que chega, sabe que o clube entra para ganhar, entra na Sul-Americana para ganhar, na Libertadores, nos campeonatos. Sinto que estamos nesse caminho. Há clubes que têm esse rótulo mais que outros, e isso se constrói ao longo do tempo. Nosso prazo é curto. Queremos isso para hoje e amanhã. Somos uma sociedade imediatista, queremos as coisas prontas. Queríamos comer, íamos fazer a comida e comíamos. Hoje ligamos e pedimos uma comida. Não tem como ligar e pedir um time vencedor, temos que construir ao longo do tempo. Todos construíram ao longo do tempo – afirmou.