A vitória do Botafogo por 2 a 0 sobre o Athletico-PR, neste sábado, no Estádio Nilton Santos, pelo Campeonato Brasileiro, foi marcante também pelas boas atuações dos jovens Jeffinho e Lucas Mezenga, que até pouco tempo atrás estavam no time sub-23. O técnico Luís Castro tratou de manter os pés e pregar cautela com os garotos.
– Quando nos referimos a jogadores jovens, devemos ter muito cuidado, com nossos atos e palavras com eles. É um perigo muito grande lançar na equipe A sem sustentar e sem perceberam em que mundo estão. Porque rapidamente são envolvidos pelo que é o mundo do futebol e perdem consciência do que é o dever diário, quer em treino, no jogo ou na vida fora do jogo. Nunca se pode dar garantias que são titulares indiscutíveis, que o caminho terminou para eles. São jogadores em formação. Estão sempre a aprender, só no fim da carreira parece que sabem tudo. É um perigo idolatrar jogadores, porque muitas vezes não tem estrutura para aguentar. Sabemos cuidar deles, dos nossos meninos, ainda têm muito a caminhar. Há ainda o que melhorar, para se atingir o mais alto nível temos que caminhar de forma certa e responsável – declarou Castro, em entrevista coletiva.
A mesma prudência o treinador tem em relação ao seu time.
– Espero que a equipe caminhe segura para ter fluidez. Ainda somos equipe em construção, a colocar reforços. Construir uma casa com as pessoas lá dentro não é fácil, caem coisas nas pessoas, obriga a riscos. À medida que chegam jogadores, vamos introduzindo. Reforços vêm de fora e de dentro, como Mezenga e Jeffinho. Sempre entendi os jogadores, toda a gente, vocês jornalistas, mas precisava entender a mim, isolar-me, pensar o que tinha que fazer para colocar na rota do êxito. Não está ainda, teremos muitas dificuldades até o fim da época. Haverá momentos críticos, como ainda estamos, tenho plena consciência disso. Não me deixo iludir com uma vitória hoje. Mas este é um Botafogo mais próximo do que eu quero – completou.