Técnico do Botafogo, Luís Castro tem contrato até março de 2023. O português tem vontade de permanecer por um longo período, mas admite que sua tempo no clube será definido de acordo com os resultados obtidos em campo. Ele revelou que rejeitou propostas para sair.
– Adoro o Botafogo, toda gente sabe, sou um treinador emocional, gosto muito. Mas tenho consciência que o resultado é que vai determinar minha continuidade. Houve oportunidade de sair, sempre temos, mas me sinto muito entusiasmado no Botafogo. Sempre me senti muito entusiasmado. Houve realmente momentos muitos críticos, quatro derrotas seguidas, passamos momentos de grande dificuldade, tentativa de invasão no centro de treinos. Entendo tudo, desde que seja com respeito. Não há problema em me questionarem, respondo com respeito, mas exijo respeito. É um dos meus valores de vida. Ultrapassamos momentos difíceis juntos, não houve divisão internamente, não tive problemas de andar nas ruas. Minha ligação ao Botafogo é emocional, adoro, mas não vou dizer que não vou sair do Botafogo, o futebol já me ensinou, mostrou que cobra o que dizemos. Tenho sempre respeito pelas regras do futebol, quero muito estar no Botafogo, mas sei que podem ter resultados negativos que nos atirem para fora do clube. Não é o que quero, quero permanecer por muitos anos e desempenhar um trabalho – garantiu Luís Castro, em entrevista ao “Charla Podcast”.
O treinador português, no entanto, ressaltou que o mais importante é o projeto.
– O que menos interessa é a vida de um treinador dentro do clube, mais as dinâmicas. Quem define o projeto é a administração, tem que escolher pessoas do perfil para serem o treinador. Não pode é o projeto deixar o seu caminho, chegar um treinador e dizer não é mais isso. Está bem definido o projeto, olhar para a academia, valorização do elenco, ideia de jogo em que todos participem no momento ofensivo e no momento defensivo, se valorizem. E queremos continuar a valorizar com bons resultados, filosofia e um projeto condutor. O treinador não é o mais importante, sim que quem substitua tenha o mesmo perfil – explicou.
Luís Castro ainda citou que o clube está em reestruturação interna.
– Temos tido essas preocupações, temos uma base em estruturação, em grande dinâmica entre equipe A e sub-20, tudo em harmonização. Necessitamos de melhores espaços de treinos, desse Centro de Treinamento, para fazer mais. Nesse momento, estamos muito mais organizados na base, temos metodologia de treino transversal, o diretor técnico da formação é muito organizado e com visão forte do que deve ser a base, prevejo salto qualitativo, que tenha influência no que é o Botafogo do futuro. As coisas estão a andar, não são visíveis. O que é visível é infraestrutura e resultado, o restante é mais sentido do que visto. Já há uma maior organização, que é decisiva – encerrou.