Luis Henrique admite erros em saída no Botafogo, mas revela gratidão e espera um dia voltar: ‘História ainda não terminou’

Luis Henrique admite erros em saída no Botafogo, mas revela gratidão e espera um dia voltar: ‘História ainda não terminou’
Reprodução/Charla Podcast

Promessa de craque no Botafogo, Luis Henrique não vingou como se esperava no profissional. Em 2015, ele estreou com 17 anos, fez gols e ajudou na conquista da Série B. Mas não houve acerto por renovação e o centroavante saiu para o Athletico-PR, em negociação turbulenta.

Hoje com 23 anos, Luis Henrique atua no FC Honka, da Finlândia. Ao “Charla Podcast”, o atacante lembrou a saída do Botafogo.

– Acabou o ano de 2015, campeões, mas por eu não ter aumentado tanto o tempo de contrato, o clube me deu uma segurada, não deixou eu voar tanto. Porque sabia se eu continuasse jogando… Estava no Botafogo, era muito novo, cabeça totalmente diferente, queria jogar. Não era dinheiro, queria jogar, ter oportunidade. Queria ajudar. Cometi muito erro nisso também, como outras partes também tiveram. Queria me sentir útil no elenco e no clube. Estava o impasse de renovar ou não. Chegou um momento que não renovamos, o Athletico veio com plano de carreira que me agradou muito. Talvez hoje, com cabeça diferente, não agradasse. Já tendo rodado bastante, países na Europa. Mas talvez se eu tivesse ficado hoje não teria essa cabeça que tenho. Conheci diversas culturas, maturidade. Passei pela escola finlandesa, dinamarquesa. O que sofri muito no futebol brasileiro é que não era tão forte fisicamente, lá ensinam posicionamento, como usar o corpo, quando finalizar, cortar caminhos. O Botafogo queria renovar, mas me emprestar. Tenho gratidão enorme, Botafogo me relevou e mudou minha vida. Queria ajudar na Série A, dar retorno ao que o clube investiu em mim. Mas ficou muita enrolação, segui minha vida – afirmou Luis Henrique, que respondeu se voltaria um dia.

– Obviamente sim. A gratidão que tenho pelo clube é enorme. A história ainda não terminou, lá no futuro, tendo oportunidade, sendo bom para mim e para o clube, é algo que pode acontecer. Nunca sabemos quando. Estava na Finlândia na última temporada, estou em fim de contrato com clube da Dinamarca, devo mudar na janela de verão. Estou adaptado na Europa, mas sou do Rio, minha família é daqui, sou acostumado com calor, conversaria. Mas agora estou adaptado e com boas situações lá. Sinto que não dei tudo que poderia ter dado ao Botafogo. Acho que poderia agregar, pelo meu estilo de jogo e por toda a história que tenho – acrescentou.

O jogador também relembrou o início fulminante de carreira que teve.

– Na Copa do Brasil Sub-17, jogador com 17 anos, não estava acostumado com tanto público, foram uns 15 mil na decisão. Pena que no final não deu tão certo. Mas essa competição foi muito importante para mim, fiz meus gols, maior artilheiro em uma edição, já tinha minha valorização no clube e o René Simões me subiu, me puxou para o profissional, já vinha comentando sobre mim – contou.

– René me chamou para uma semana de treinos, em uma segunda, o jogo com o Sampaio Corrêa era sexta. A princípio era só para ver como era o profissional. Treinei de segunda a quarta, estava fazendo planos de ir para o cinema no fim de semana, nunca imaginava que ia ser chamado para o jogo. Quarta ele conversou comigo, fez um apronto e me perguntou se eu estava preparado. Eu disse que sim e que agora era com ele. Quinta sai a escalação com meu nome. O choque de realidade foi grande, porque não estava esperando. Antônio Lopes, que era o diretor, me chamou para conversar na hora do almoço e falou que eu seria titular. Pô, com 17 anos. O Bill estava saindo, tinha outro atacante em negociação, mas não fechou. Tinha que acontecer, agradeço a Deus até hoje. Antônio Lopes falou para ficar tranquilo, que a pressão era toda neles, não em mim. Ganhamos o jogo de 5 a 0, fiz dois, joguei bem, participei. Foi uma expectativa muito alta, isso move a torcida, é bom. Você tem que entregar em campo. Logo no início, assistência do Pimpão e fiz o gol. Ali mudou minha vida – finalizou.

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Fonte: Redação FogãoNET e Charla Podcast

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