Sem dúvida, o Botafogo teve um ano gigante com os títulos da Copa Libertadores da CONMEBOL e do Brasileirão 2024. Agora, a partir desta quarta-feira (11 de dezembro), o clube terá oportunidade de lutar pelo título da Copa Intercontinental da FIFA 2024™ para coroar a temporada dourada. Tudo começa contra o Pachuca.
“Significa algo muito grande para o nosso clube gigantesco. Disputar o Intercontinental é motivo de muito orgulho para a gente porque a torcida merece isso, o clube merece. Depois de tantos anos, voltar a essas competições internacionais é importantíssimo. Estamos muito contentes, vamos fazer de tudo e lutar o máximo possível para que, se Deus quiser, a gente possa ganhar esse torneio que é gigantesco para o clube e para a gente também”, disse Luiz Henrique à FIFA.
“Isso eleva o nome do Botafogo ao topo. Mostra o quanto o clube tem crescido, mas, para que isso acontecesse, mostramos o quanto estávamos focados durante a competição toda [Libertadores]. Fizemos um grande trabalho e agora podemos desfrutar de um torneio como a Copa Intercontinental”, concordou Igor Jesus.
“Significa muito jogar um torneio desta magnitude”, completou Jefferson Savarino. “Para o Botafogo, depois de tudo que conquistamos na Libertadores e no Brasileirão, é muito importante vir jogar um torneio dessa classe. Esperamos fazer um bom papel.”
O confronto contra os mexicanos valerá o troféu do Dérbi das Américas da FIFA e, quem vencer, jogará a Copa Challenger da FIFA contra o Al Ahly, do Egito; por fim, o vencedor do duelo com os egípcios irá para a final com o Real Madrid, gigante espanhol que conquistou a Liga dos Campeões da UEFA 2023/2024.
Por isso, o elenco botafoguense já está em Doha, no Catar, para a disputa da Copa Intercontinental. O primeiro desafio será contra o Pachuca, nesta quarta, a partir das 14 horas de Brasília (ou 17h de Lisboa e 20h no horário local de Doha). Logo de cara, Luiz Henrique ficou impressionado com o apoio da torcida em Doha.
“Eu sei que a torcida do Botafogo e muitas pessoas vão nos apoiar aqui em Doha. Muita gente admira muito o Botafogo, eu vi quando cheguei ao hotel. Muitas pessoas nos apoiando, as pessoas que moram aqui com a camisa do Botafogo. Vai ser um clima super contente, com a torcida ajudando a gente de todas as maneiras para que o Botafogo possa sair vencedor”, disse o atacante.
Pachuca, o primeiro obstáculo
Se o Botafogo quiser ser coroado como o melhor clube do planeta em 2024 através da Copa Intercontinental, primeiro terá de passar pelo Pachuca, campeão da Copa dos Campeões da Concacaf na última temporada. Eles sabem que não será fácil.
“Temos de ter muito cuidado com o ataque deles, que é excelente, mas também aproveitar o que eles têm de falha. Vai ser difícil, não tem jeito, é uma competição extremamente difícil. Vamos dar a nossa vida para sairmos vitoriosos”, afirmou Luiz Henrique. Igor Jesus completou: “O Pachuca tem uma equipe muito boa, com jogadores experientes. Fizeram ótima campanha para estar aqui. Enfrentá-los é um prazer imenso”.
Apesar da força adversária, Savarino deixou claro que o Botafogo precisa manter o desempenho que mostrou ao longo da temporada. Evidentemente, as chances serão maiores se o clube carioca conseguir praticar seu melhor futebol. “É um rival muito forte, mas esperamos estar à altura. O mais importante é que nós, do Botafogo, estejamos à altura para competir bem e ganhar a partida”, opinou o venezuelano.
Ansiedade para o Mundial de Clubes
Enquanto participa da Copa Intercontinental da FIFA 2024, o clube naturalmente já pensa também no Mundial de Clubes da FIFA 2025™, que ocorrerá nos Estados Unidos e será a edição inaugural do novo torneio global com 32 times – incluindo quatro brasileiros: Botafogo, Flamengo, Fluminense e Palmeiras.
Portanto, a experiência que a equipe botafoguense adquirir no Catar em dezembro de 2024 pode ser muito valiosa para a disputa da competição do ano que vem.
“Claro, claro. Esse torneio [Mundial de Clubes 2025] vai ser gigantesco no ano que vem, vai reforçar mais ainda o Botafogo. Esse ano de 2024 para o Botafogo está sendo histórico, entramos para a história do clube. Hoje em dia, todos respeitam o Botafogo. Ano que vem vai ser mais gigante ainda do que foi 2024”, prometeu Luiz Henrique.
O sorteio do Mundial de Clubes colocou o Botafogo no Grupo B com Paris Saint-Germain (França), Atlético de Madri (Espanha) e Seattle Sounders (EUA). “São times superdifíceis de enfrentar. Vai ser difícil, mas vamos lutar. Como sempre falo, nosso time merece e é humilde. Somos uma família dentro de campo, então vamos estar unidos para fazer de tudo de melhor pelo Botafogo para alcançar nossos objetivos”, completou.
Com muito respeito aos futuros rivais, Savarino avisou que o Botafogo também é um time a ser batido no grupo: “Sim, são rivais difíceis. Os clubes europeus [Atlético de Madri e PSG] têm jogadores extraordinários. Eu conheço o Seattle Sounders porque os enfrentei na Major League Soccer, e sei que é um clube muito bom que tem história. Será um grupo lindo e muito forte, mas o Botafogo também tem time para competir.”
Particularmente, o venezuelano fica empolgado com a perspectiva de disputar o Mundial de Clubes nos EUA, onde já defendeu o Real Salt Lake. “Será um ambiente muito lindo nos Estados Unidos, um país que já se tornou fã de futebol. Gostei muito de jogar nos EUA, então jogar um Mundial de Clubes lá seria muito importante”, explicou Savarino. “O Botafogo quer chegar o mais longe possível em todo torneio.”
Igor Jesus, no entanto, preferiu focar no futuro próximo e planejar um passo de cada vez, começando pela Copa Intercontinental: “Faltam seis meses ainda [para o Mundial], tem muita coisa para acontecer neste período. Temos de focar muito mais aqui no momento, mas acho que estamos preparados para enfrentar qualquer time.”
“Todo jogador fica ansioso para enfrentar grandes equipes de alto nível, então a ansiedade é normal, mas sabemos que temos um caminho longo ainda. Serão jogos muito competitivos, temos de nos preparar da melhor forma, mas tenho certeza de que o Botafogo vai para competir e sair com boas impressões. Sonhar é nunca desistir. Tem de ter sempre pensamento positivo. A intenção é chegar até a final”, completou.
Realização de sonhos de infância
Para os três jogadores, disputar um torneio internacional da FIFA – como o Intercontinental e o Mundial de Clubes – é a realização de um sonho antigo. “É meu sonho desde criança. Depois de tanto sofrimento, hoje em dia eu posso desfrutar disso com o Botafogo. Para mim, é um momento de muita felicidade. Estou feliz e só quero desfrutar mesmo, dar minha vida dentro de campo”, celebrou Luiz Henrique.
“Fico emocionado e feliz. Para mim, é um sonho jogar um torneio desta magnitude e enfrentar campeões de outros continentes: Real Madrid, Pachuca, Al Ahly. Serão jogos especiais. São confrontos internacionais que não podemos jogar todos os dias”, pontuou Savarino. O também atacante Igor Jesus concordou e foi além, destacando que o Botafogo representa o Brasil e a América do Sul na Copa Intercontinental.
O torneio se torna ainda mais especial por ser disputado no Catar, país-sede da Copa do Mundo da FIFA 2022™, tendo como palcos o Estádio 974 e o Estádio Lusail. “Felicidade imensa. É o sonho de todo jogador poder jogar em estádios como esses”, exaltou Igor Jesus. Savarino parecia igualmente encantado: “Um dia estar no Brasil, e no outro aqui no Catar… é incrível jogar em um estádio que já teve jogos da Copa do Mundo.”
No fim das contas, para Luiz Henrique, tudo gira em torno dos sonhos de infância. “É um orgulho porque desde criança eu sonhei em jogar campeonatos de muita dimensão. Eu me sinto muito orgulhoso. É um sonho de criança e vou fazer de tudo para que a nossa equipe possa dar o melhor dentro de campo e, se Deus quiser, nós sairmos campeões”.