Ex-jogador do Lyon por mais de três temporadas, o lateral-esquerdo Marçal concedeu entrevista ao jornal francês “L’Équipe”, publicada nesta quinta-feira (22/12), para falar sobre a gestão de John Textor, novo dono do clube, no Botafogo. O atleta não poupou elogios ao empresário norte-americano, que em oito meses transformou o Glorioso.
– Ele mudou tudo! John está muito envolvido e podemos ver que o projeto dele é concreto. Com ele, não há blefe. A partir de agora, a ideia é brigar com Flamengo e Palmeiras. Queremos ganhar títulos. Esta é a ambição de Textor. Por isso contrataram bons jogadores e com mentalidade vencedora como Tiquinho Soares, Tchê Tchê, Eduardo… Todo o clube agora tem que pensar diferente. Não mais como um clube mediano, mas como um clube que quer vencer. Ele vai querer fazer o mesmo com Lyon – garantiu Marçal.
O lateral-esquerdo do Botafogo listou algumas mudanças ocasionadas por John Textor no Glorioso neste primeiro ano da SAF.
– A gestão é mais profissional. O Botafogo é um clube grande, com história, mas bons jogadores relutavam em vir porque havia problemas, falta de pagamento e salários atrasados. Agora é diferente. John está envolvido, ele está presente, representa o clube. Se um torcedor está insatisfeito com seu trabalho, ele pode entrar nas redes sociais e desafiá-lo. Também tranquiliza os jogadores. Sabemos que ele é quem manda e que seu projeto não é efêmero – disse, completando:
– Ele é uma pessoa bem informal, tranquila. Ele vai ao clube, vai ao treino, frequenta o vestiário. Certa vez, encontrei-o no restaurante do nosso hotel e pudemos conversar durante quinze minutos de forma descontraída. É muito acessível. Ele adora futebol e sabe o nome de todos os jogadores.
Por fim, Marçal reforçou a ambição de Textor, sem ressaltar o carinho especial que o empresário norte-americano tem pelo Botafogo.
– Uma vez ele me disse: “Marçal, eu tenho o Crystal Palace, o RWD Molenbeek, estou negociando com o Lyon, mas o projeto que mais me toca é o Botafogo, um clube magnífico no país do futebol”. Isso me tranquilizou e me convenceu de que ele estava ali para construir. Sua visão é de quem quer vencer, não apenas participar – contou.