Como pode um time fazer o melhor primeiro turno da história do Campeonato Brasileiro e sucumbir no returno? O Botafogo faz o improvável e acumula derrotas doloridas. A última delas foi a de 4 a 3 para o Grêmio, nesta quinta-feira, em São Januário, que foi analisada pelo comentarista Carlos Eduardo Mansur no “Troca de Passes”, do SporTV.
– É impossível ter respostas em um Campeonato Brasileiro que vai contrariando tudo que temos visto. Se aproxima um final espetacular, graças ao derretimento do Botafogo. É uma grande reviravolta da história. Se conseguir ser campeão, é roteiro extraordinário. Esse jogo é síntese, atuações individuais destacadas, como a de Diego Costa, e um segundo tempo para antologia do Suárez, entrada do Ferreira etc. Pode-se falar de virtudes, mas também de defeitos. O Grêmio leva muitos gols, mas é difícil encontrar um time tão bom ao atacar. Ao mesmo tempo, pode-se falar de fatores técnicos, físicos, táticos, mas após levar o segundo gol do Grêmio o Botafogo ruiu. Não se encontrava mais nada em termos de ordem e organização. Tem elemento emocional em campo e na arquibancada. O que o torcedor está vivendo é muito cruel, após ter tanta esperança – disse Mansur.
O ex-jogador e comentarista Grafite frisou que a defesa do Botafogo está muito vulnerável.
– Como equipe. é completamente desequilibrada defensivamente. É forte ofensivamente, tem dinâmica de jogo, mas não tem o equilíbrio necessário para manter liderança em campeonato tão disputado. Tem esse aspecto tático a ser organizado por Lucio Flavio ou outro treinador – resumiu Grafite.