O Botafogo precisava vencer e venceu. Mesmo com um jogador a menos, após a expulsão de Jair, o time alvinegro derrotou a Universidad de Chile por 1 a 0 e garantiu a classificação para as oitavas de final da Libertadores. A atuação foi elogiada pelo comentarista Carlos Eduardo Mansur, no programa “Troca de Passes”, do SporTV.
– Provavelmente, a única coisa que o torcedor do Botafogo não imaginava é que fosse reencontrar tão cedo um jogo decisivo na Libertadores em que ele outra vez ia se ver diante da situação de jogar a maior parte com um a menos. É evidente que não jogou quase 90 minutos, como foi a final de Buenos Aires, mas jogou 70, contando os acréscimos. E, nesse cenário, dá para dizer que o Botafogo competiu e competiu muito bem. Acho que o Renato Paiva conseguiu manter o time sempre equilibrado, enquanto ele precisava ainda buscar o gol, porque precisava ganhar o jogo. Continuou tendo alternativas para agredir a Universidade do Chile e evitando ao máximo que o seu gol sofresse tantos riscos – explicou Mansur.
– Assim, teve uma bola no travessão no segundo tempo com um chute de fora, mas em nenhum momento me pareceu que estava a sensação do gol iminente, que o Botafogo pudesse sofrer. Acho que o Botafogo conseguiu controlar muito bem a situação e teve muitos méritos no jogo, na noite de Igor Jesus. Uma atuação espetacular do atacante do Botafogo, que iria até ser coroada com uma jogada dele no segundo gol, que seria do Artur, mas hoje o toque de bola se acabou anulado. Enfim, o Botafogo vai adiante – completou o comentarista.
Alex Meschini foi outro a analisar a partida e o que fez o botafogo.
– Na hora que encaixa o Gregore , aqui até a gente falava e brincava com a saúde do Gregore para ele jogar de zagueiro, é uma tranquilidade, né? Mas é a maturidade de uma equipe que muitos já estão há dois anos juntos, né? Que já foi experimentada, uma equipe que já passou o que passou. E o Mansur lembrou bem da final da Libertadores, mesmo o adversário ainda não sendo um Atlético-MG e não sendo uma final de Libertadores, não poderia daí eles perderem agora e colocarem a culpa no treinador, vamos dizer, né? O Artur correu muito, mas o que o Igor Jesus fez, desde o primeiro tempo, o GPS dele era só pique de 30, 40 metros – enalteceu o comentarista.
– É um tipo de característica que, lógico, tem outros mais exemplificando através do que ele faz. É um nível de jogador comprometido, cara. Comprometido com tudo, né? Só que teve muitos momentos, se a gente for ver, lógico que a Universidade de Chile vem para atacar e tudo. Só que daí ficam, de repente, dois defensores, só que fica um ali no mano a mano. Só que a força física dele, teve muito dele girar com a bola ali praticamente e teve muito dele sair dessa marcação e, inteligentemente, ser lançado para isso. Então também foi algo inteligente do Botafogo de usar o espaço. Só que hoje, fisicamente, o que ele fez, eu tenho certeza que o GPS dele explodiu. Uma diferença com todo esse sistema, que às vezes a gente vê jogos onde o time com um a menos tem dificuldade de chegar lá ou até com um a mais, o Botafogo se tornou super perigoso, principalmente no segundo tempo, com a questão dos contra-ataques – disse Alex Meschini.