Com pouco tempo de trabalho, Luís Castro já conseguiu conduzir o Botafogo à quarta colocação no Campeonato Brasileiro, ao fim de seis rodadas. O Glorioso vem de três vitórias seguidas em apenas uma semana – sendo uma delas pela Copa do Brasil – e deixa sua torcida animada. No entanto, para o jornalista Carlos Eduardo Mansur, apesar de haver uma nítida evolução no desempenho da equipe, é recomendado nesse momento prudência.
– O Botafogo apresenta evoluções e ao mesmo tempo a necessidade de se ponderar. Nesse recorte pequeno de campeonato, uma sequência de duas vitórias faz você saltar na tabela. É impossível garantir hoje que o Botafogo faça um campeonato inteiro sustentando uma posição de G-4. É bom ponderar. Isso acontece numa largada. Ele venceu o Flamengo quando não dominou o jogo, hoje teve momentos de dificuldade com um a mais contra o Fortaleza, e venceu os dois jogos. O trabalho vai seguindo, o time será mais consistente porque são sinais que mostram evolução. O Botafogo tem seus sinais, mas não dá para cobrar que seja um time pronto hoje que a gente possa garantir que vai ficar até o fim no G-4. É muito cedo – opinou Mansur, durante o “Troca de Passes”, do SporTV.
A vitória sobre o Fortaleza por 3 a 1, de virada, neste domingo, foi conquistada já no fim, depois de o Botafogo ter dificuldades para conseguir criar mesmo jogando a maior parte do jogo com um a mais.
– A expulsão mexe com o andamento do jogo, mas tem mérito do Botafogo também na expulsão, não dá para dizer que foi uma circunstância que surgiu do nada. Após um início em que o Fortaleza era melhor, o Botafogo foi aos poucos explorando o funcionamento da defesa do Fortaleza, conseguiu sobrecarregar o Victor Sá em cima do Ceballos. A partir da expulsão, eu esperava mais do Botafogo. O Tchê Tchê e o Lucas Fernandes, como meias, agrediram pouco. O Botafogo cresceu quando entrou o Patrick de Paula, fez o time agredir um pouco mais. O placar pode ter ficado até um pouco grande demais para o que foi o jogo – analisou Mansur, concluindo:
– O Botafogo, em construção, mesmo com momentos de dificuldades, começa a ter uma estrutura, a ter méritos. Não é um resultado que caiu do céu no colo do Botafogo. Foi um jogo mais difícil do que talvez o 3 a 1 possa indicar, mas o Botafogo vai construindo suas armas e hoje tem muita mais qualidade técnica para resolver as situações.
