A instabilidade do Botafogo veio com eliminação na Copa Sul-Americana e duas derrotas seguidas no Campeonato Brasileiro. Para o comentarista Carlos Eduardo Mansur, no programa “Troca de Passes”, do SporTV, não deve ser o suficiente para gerar uma crise ou tirar o time do rumo.
– O fundamental é o Botafogo não fabricar, dentro do seu elenco, dentro do seu ambiente, uma tensão desnecessária. Se isolar o Campeonato Brasileiro, considerando que a Sul-Americana onde caiu e não jogou bem, mas não jogou bem desde o início, o Botafogo teve atuação fora da curva contra o Atlético-MG, mas contra o Flamengo quando foi derrotado podia até ter vencido. Não foi uma atuação fora dos padrões. É preciso entender que a pontuação do primeiro turno, embora tenha dado justa liderança, era insustentável para qualquer outro time no histórico do Campeonato Brasileiro. Ter uma queda, uma oscilação, era normal. Tem que estar preparado para superar isso e manter seu padrão de jogo, que é de alto nível. Reencontrando seu nível de jogo, tende fazer os números necessários ara ser campeão – crê Mansur.
O comentarista ainda analisou questões da escalação do Botafogo, como ainda não ter um ponta direito consolidado como titular com Bruno Lage.
– Claramente essa é uma questão hoje colocada para Bruno Lage, que gosta de ter mais um meio-campista partindo da direita no seu 4-3-3, um meia que vem jogar mais pelo centro e ser construtor. Tinha conseguido em alguns jogos com Gustavo Sauer, saiu, Segovinha não tem dado resposta que o treinador espera. Talvez o Tchê Tchê possa ser uma alternativa, tendo Eduardo e Gabriel Pires por dentro. O grande dilema dessa formação é não perder agilidade e capacidade de combate no meio, algo que caracteriza muito o Botafogo – completou.
