Rafael teve que ser substituído no primeiro tempo da vitória do Botafogo por 1 a 0 sobre o São Paulo, no último domingo, pelo Campeonato Brasileiro, por conta de um problema muscular. O clube evita dar detalhes sobre lesões, mas Marçal contou que a situação não é grave.
– Amanhã (nesta quarta) tem reunião aqui em casa, ele vai vir. Vamos ver se pegamos ele e fazemos uma oração forte (risos). Sobre a lesão da Rafa, não posso falar, não vou dizer que não sei. Não foi nada grave, vai jogar ainda essa temporada. Estamos felizes porque não foi nada muito grave. Realmente o Rafael está um pouco sem sorte. Contra o Fortaleza era o melhor em campo até a lesão, em uma dividida que ele ganhou, o Galhardo faz um movimento para trás e acaba afundando uma parte que ele já tinha tido lesão. Graças a Deus foi melhor do que imaginávamos, porque quando vimos acreditávamos que poderia o tirar do campeonato. Fez cirurgia pela boca, não deixou cicatriz, voltou rápido. Agora teve um probleminha muscular, mas também pela quantidade de tempo que ficou parado, jogos um atrás do outro, campo pesado contra o Avaí, depois o São Paulo jogando muito pelo lado direito. Então se entende essa lesão dele. Está com cabeça boa, trocamos ideia, está bem, mais tranquilo, o resultado foi melhor do que ele esperava – revelou Marçal, em entrevista ao podcast “Na Barreira”.
A amizade entre os laterais nasceu há bastante tempo. Marçal contou a história.
– O Rafael na época era o brasileiro há mais tempo no Lyon. Acho até que só tinha ele. Chegamos eu e Marcelo. Rafael me recebeu muito bem, a família dele é muito querida, os filhos deles também têm a mesma idade dos meus, sempre brincaram juntos, a esposa dele também é muito querida. Foi se criando uma amizade. Ele é um cara muito humilde, apesar da trajetória dele no futebol, foi cedo para o Manchester United, foi campeão mundial, da Premier League, é humilde demais para o que conquistou. É um relacionamento maneiro que temos, uma amizade bacana – explicou.
A parceria não foi o fator fundamental, mas ajudou na chegada de Marçal ao Botafogo.
– Peso teve com certeza, por causa dessa amizade. Mas em termos de contato direto ou aquele meio-de-campo acabou não tendo. Ele soube quando já estava muito próximo, acertando detalhes. Aí me ligou, começamos a conversar, peguei informações do clube. Peso teve porque sabia que ia encontrar aqui um irmão, poderia nos ajudar muito. Essa presença do Rafa foi essencial para fecharmos com o Botafogo – disse o lateral-esquerdo.
– Foi uma decisão difícil, havia muitos fatores, alguns prós, outros contra, mas sem dúvida nenhuma o desejo de jogar o futebol brasileiro, aproveitar a oportunidade do Botafogo se tornando SAF, projeto diferente do que tinha antes, nos ajudou muito a tomar a decisão. Falamos do peso da Rafa, minha esposa tem família no Rio, foi todo juntando, ligando, dando certo. De repente é hora de voltar. O Botafogo ter oferecido contrato longo, dois anos e meio, na Europa ofereciam um ano. Por mais que mudar na Europa fosse uma mudança curta, um ano de contrato não dá estabilidade, o contrato do Botafogo de dois anos e meio ajudou a tomar a decisão, porque sabíamos que poderíamos assentar, deixar as crianças um tempo na escola, ficar na correria com mala para um lado e para o outro é complicado. Foram fatores determinantes – completou.
