Campeão brasileiro e da Libertadores em 2024, o Botafogo passou em branco em 2025. Mas considera que montou uma boa estrutura para 2026. O lateral-esquerdo Marçal projeta uma temporada melhor para o Glorioso.
– A gente terminou o campeonato, no meu ponto de vista, muito bem. E a base vai se manter. Diferente do ano passado, né, cara? Saiu muita gente. E mais essa situação de não ter encontrado, de fato, o comandante, causava ali muita insegurança, o que que vai acontecer, o que que vai ser. E, de modo geral, eu acredito até que a gente fez uma boa temporada, dada toda essa situação. Agora, a expectativa para 2026 é muito boa. O grupo já está organizado. Muito bom elenco. Eu acho que a gente precisou um pouco mais de tempo pra se soltar, é normal. Mas você vê, nessa reta final, já aconteceram bastante coisas interessantes. O Jordan (Barrera) jogando pra caramba. O Nathan (Fernandes) e o Matheus Martins estavam machucados, mas são jogadores bons pra caramba que voltam, entendeu? A gente tem um grupo muito bom. O Montoro voltou de lesão, você viu que o Montoro foi importante nos últimos jogos também. Os moleques têm qualidade. Temos um grupo bom e uma espinha dorsal muito interessante, com Marlon e Barboza. 2026 tem tudo para ser promissor – declarou Marçal, ao “Charla Podcast“.
– Temos que sonhar com título, cara. Eu acredito que sim. Com certeza. A gente tem que sonhar com título. Jogadores que chegaram estão mais adaptados, têm que amadurecer dentro daquilo que é a exigência do clube. E a gente tem que lutar por todos os títulos, sem dúvida nenhuma – adicionou.
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Fase artilheira
– Esse final foi muito legal, de fato. Primeiro pelos gols. Estavam saindo gols que não fiz na carreira inteira. Sempre, apesar de ser baixinho, ataquei muito a bola. Mas me falaram que eu atacava bem, para acreditar, foi acontecendo, graças a Deus. Tenho treinado bastante. Inclusive nesse último jogo, contra o Fortaleza, antes eu só corria no primeiro pau, Ancelotti falou para eu ir no segundo, deu certinho. Fiz cinco gols no Brasileiro.
Laterais em alta
– Encaixou, cara. Você ouve muitos treinadores falando isso, não interessa se é a mesma posição, os caras, às vezes, encaixam, dá uma maneira de jogar juntos. E, infelizmente, apareceu por questão de lesão essa possibilidade. Quando o Davide falou “pô, você faz ali e tal?”, ele estava até com medo, por causa do meu tamanho. Falei, “eu faço, cara. Sem problema nenhum”. Quero jogar, vou falar que não? E aí, pô, foi dando certo, saíram uns golzinhos também. E a gente tomou pouquíssimos gols. Então, foi bom pra caramba, graças a Deus. E é um lugar que eu me sinto bem pra caramba. Eu sinto muito bem jogando de zagueiro.
Identificação
– Pô, eu recebi muita mensagem, cara, justamente dizendo que eu represento a torcida em campo. Isso é bacana pra caralho. É meu jeito. Então, é legal pra caramba sentir esse carinho da torcida.
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– Eu não sabia, cara. Eu não estou acompanhando muito as redes sociais. Quando eu cheguei aqui, falaram que fechou. Eu falei, caralho, que maneiro. Ficou bom. A gente começa a temporada com comandante. É diferente do que aconteceu na temporada passada. E eu acho que fez toda a diferença.
Ofensividade
– O John Textor gosta de treinador ofensivo. Tem treinador que joga com três zagueiros, mas é ofensivo. Então, pode encaixar. Eu acho que jogar com três zagueiros, do meu ponto de vista, pode ser até mais ofensivo, porque você está com dois alas lá na frente. Para mim, é mais ofensivo. A não ser que você bote três zagueiros, depois comece a utilizar laterais mais defensivos, aí você está vendo que o cara está fazendo uma linha de cinco, não uma linha de três. Mas eu vejo isso como uma maneira também de ser bastante ofensivo, atacar bastante com as alas de surpresa pela lateral. Mas vamos ver como é que ele vai jogar. Eu só sei que eu vou me encaixar (risos). Certeza que eu vou me encaixar. E vai ter gol de cabeça, isso aí é fato.
Arthur Cabral
– O Arthur tendo essa sequência dede o início, pré-temporada, todo esse cuidado, pode ser muito positivo para ele. É um jogador que o plantel gosta bastante. Entendemos a cobrança da torcida, mas vemos nele coisas muito boas que podem agregar na temporada. Então, sem dúvida nenhuma, começar a temporada vai ser diferente pra ele.
Saída de Davide Ancelotti
– Eu acho que o final ali, os últimos 12 jogos, ficou evidente que estava encaixado. Ele estava tendo muitos problemas com lesões, de fato. E, mesmo assim, as mudanças dele eram coerentes e as coisas estavam funcionando. Ele tinha o vestiário na mão Aconteceram algumas coisas durante essa temporada. Talvez outros treinadores teriam sido um pouco mais rígidos, mais explosivos. O interessante é que estava assim, todo mundo pensando, “pô, ele não vai fazer?” Ele chegou e falou assim, “cara, não, é o meu perfil. Se vocês quiserem maluco aqui batendo na porra do vestiário, chegando igual maluco – que alguma vez ele fez, obviamente, todo treinador faz -, mas não é meu perfil. Então, se vocês querem esse cara aí, pode trazer, eu tô saindo”. Falou pro grupo isso. O grupo sentiu que ele ali foi a maneira dele chutar o balde. A gente está com a Allan no vestiário, ele falou, “cara, o pai dele (Carlo Ancelotti) é igual”. É um cara vencedor, é um cara que não se põe tanto. Então, eu acho que ele tem ali um bom professor. E eu acho que encaixou, de fato. Foi uma surpresa ele ter saído agora. Eu entendo os motivos dele e os motivos do clube, né? O clube parece que tinha um problema com o preparador físico. E ele, eu entendo não abrir mão daquilo que é o time dele. “Porra, não posso. Eu convidei pra vir. Eu convidei pra vir, agora eu tô falando, pô, vai embora e eu vou ficar?” Eu entendo. Foi homem pra caralho. Eu acho que ele sai numa boa, da mesma maneira que ele veio, deixou um bom sentimento pro grupo. Ele sai todo mundo respeitando e com carinho por ele.