Marçal está de volta ao Botafogo, mas ainda não foi anunciado oficialmente. Em entrevista ao “Resenha ESPN”, que foi ao ar na última sexta-feira, o lateral-esquerdo recordou a temporada histórica de 2024 e disse que nunca se considerou a terceira opção no elenco, atrás de Alex Telles e Cuiabano. Segundo ele, o que o atrapalhou foi a lesão na panturrilha.
– Nunca me vi como uma terceira opção. A perda de posição, para mim, passou muito mais pela lesão que eu tive. Tive uma lesão de panturrilha, uma coisa simples, que normalmente em 10 dias você volta. Mas é aquele negócio, o time estava precisando. Nós fomos jogar a Libertadores [contra a LDU], eu fiquei no Rio fazendo tratamento, o Artur me ligou antes do jogo com o Cruzeiro e falou: “E aí?” Eu falei: “Estou correndo, dá para fazer uns 20, 30 minutos.” “Então, beleza. Vem para cá.” Fui pra Minas, pensei para fazer 20, 30 minutos, fiz um treino com o grupo, falei para ele que me senti bem. No dia seguinte, preleção, eu estava de titular. E aí joguei 45 minutos, mas com 35 já tinha sentido. Segurei um pouquinho e saí no intervalo – contou Marçal.
– Para mim essa perda de espaço foi muito pela lesão, porque depois que eu tive essa re-lesão, já não eram mais 11, 12 dias, foi um mês para voltar. E aí eu perdi espaço. O Cuiabano chegou muito bem, jogando bem, fazendo o gol. O Cuiabano é diferente da gente, é para frente mesmo, garoto forte para caramba, que também defende legal. Depois, quando chegou o Telles, ninguém é bobo. Chegou um cara agora, indo para a Seleção, jogou a última Copa do Mundo… Ele vai passar na frente dos outros que estão lá. Mas o grupo era maneiro para caramba – frisou.
Líder do elenco e um dos capitães do time campeão brasileiro e da Libertadores, Marçal revelou que ajudou muito Cuiabano, que acabou se tornando destaque pouco após chegar do Grêmio.
– Sou um cara que gosto muito de potencializar aqueles que estão comigo. Fiz isso com o Jefinho, com o [Victor] Sá. O Cuiabano é um moleque que eu sou apaixonado nele mesmo, pela pessoa e pelo jogador. Sei que tem coisa ali que tem que melhorar, está trabalhando para caramba. No Grêmio tinha muito problema com lesão, problema com peso. Já não é um problema que ele tem no Botafogo. Está trabalhando por fora, pegou um personal… Inclusive, é o meu personal hoje. Nunca teve essa rivalidade – contou.