Marçal não teve seu contrato renovado com o Botafogo após o mágico ano de 2024, mas menos de dois meses depois acertou seu retorno após uma ligação de John Textor. O experiente lateral-esquerdo, atleta há mais tempo no clube, contou ao “Botafogo PodCast”, da Botafogo TV, que recebeu diversas propostas, inclusive do Rio de Janeiro, mas tinha um sentimento de que não jogaria por outro clube a não ser pelo Glorioso.
– A possibilidade de eu acertar com 19 clubes e não acertar com o Botafogo era grande, porque eu tinha acabado de sair, então a possibilidade era maior nos outros clubes. Teve proposta para continuar no Rio de Janeiro, foi até a que a gente acabou ouvindo mais porque estávamos já no Rio, mas de fato não andou, não aconteceu. Eu estava com um sentimento muito estranho, parecia que eu não deveria vestir nenhuma outra camisa. Eu fiquei com esse sentimento, não é que eu amava o Botafogo e não ia para outro clube, mas estava com a sensação ainda de que eu não tinha desligado. Quando aconteceu a volta para o Botafogo, eu entendi o porquê que eu estava com esse sentimento. Eu nunca imaginei que poderia voltar – admitiu.
Na época, a imprensa noticiou uma busca do Fluminense pelo jogador, mas a situação não evoluiu. Marçal externou sua felicidade de poder voltar ao Botafogo, apesar de uma pontinha de frustração por não ter tido a oportunidade de ajudar o clube na disputa dos títulos da Supercopa do Brasil e da Recopa Sul-Americana, em fevereiro.
– Voltar para cá foi maravilhoso. Tudo se encaixou, foi de fato algo único e não poderia ter sido melhor. Fiquei triste obviamente porque a gente teve algumas possibilidades de ganhar título no início do ano. Ficou esse gostinho ruim nesse sentido, de que poderia ter ajudado meus companheiros de alguma maneira, mas não deu – contou Marçal, falando sobre como foi o contato com Textor para voltar:
– Foi algo realmente muito diferente, acho que deve ter no máximo cinco pessoas que viveram isso [sair e depois voltar]. Acabou o contrato, foi um momento de alegria, porque a gente terminou bem o ano, dever cumprido, e também de tristeza, porque estava acabando, para mim foi complicado, mas a minha carreira segue. Depois eu fiquei ali esperando, ouvindo propostas, chegou muitas coisas, mas eu acho que não tinha desligado ainda do Botafogo. Chegou bastante coisa legal. O empresário falava: “Marçal, aqui é muito interessante”, e aí eu colocava empecilho, “não dá, lá é muito quente, lá é muito frio” (risos). Acabamos rejeitando algumas propostas, um dia eu estava vendo o jogo do Botafogo, acompanhei praticamente todos os jogos, acabou um jogo do Carioca e recebi uma mensagem do John Textor. Ele falou alguma coisa do tipo: “Você está fazendo falta”. Eu falei: “Pô, vamos resolver esse negócio aí” (risos). Falei que estava à disposição e aí foi que começou essa resenha para poder voltar. Fiquei muito feliz.
