Diretor de futebol do Botafogo, André Mazzuco reforçou a continuidade do processo de reconstrução do clube com a chegada da SAF. Em entrevista ao jornal “O Globo” publicada nesta terça-feira (30/5), o dirigente alvinegro comentou os desafios que o clube enfrenta, após o primeiro balanço apontar um prejuízo de R$ 248 milhões em 2022, mas mostrou segurança com o assédio que os destaques da equipe irão sofrer na metade do ano.
— Lógico que o Botafogo precisa funcionar, precisamos ter fontes de receita, valorizar ativo, que é o que estamos fazendo. Isso também é ter equipes vencedoras, que estejam bem, porque valoriza a marca. Estamos nos equilibrando. É óbvio que nem tudo são flores, mas com o passar do tempo a gente está sempre mais preparado para lidar com os tempos difíceis. A nossa meta é manter o momento, mas é futebol. Você perde um jogador, sai outro. Mas não existe esse plano de vender determinada quantidade de jogadores. O plano do Botafogo é trabalhar com o que a gente tem e, no macro, ter uma equipe competitiva, recrutar e captar bons ativos e fazer a roda girar — explicou Mazzuco, falando sobre possíveis saidas:
— Eles estão felizes aqui, não é qualquer coisa que vai tirar. Nisso a minha preocupação é zero. Se acontecer, tem o trabalho que estamos fazendo eu, Alessandro (Brito, head scout), a equipe toda, de estar sempre monitorando e buscando. Daqui a pouco surge um, entra um, sai outro, problema zero. Temos que manter a base, até porque está funcionando.
O dirigente revelou que espera por “tempos difíceis”, mas mostrou que o respaldo de John Textor e a confiança no processo são fundamentais para superar as adversidades.
— Nós tivemos duas grandes lições. Nos dois momentos de crise, em nenhum momento a gente fraquejou. O John foi firme, nós fomos firmes. Em nenhum momento pensamos em trocar treinador ou diretor. Nós avaliamos o trabalho. Quando o trabalho não tiver caminhando bem, não tem problema nenhum, trocamos os profissionais, seja treinador, diretor, supervisor, jogador. Mas a gente sabia o que tinha que fazer. Como empresa e profissionais que estamos aqui para tomar decisões, a gente tem que ser muito resiliente e coerente naquilo que acreditamos. Foi o que fizemos mesmo enfrentando calado tudo que enfrentamos. E é normal, faz parte do jogo. Futebol não vai deixar de ser passional. Acho que sim, acho que vêm tempos difíceis, como vêm ótimos tempos, como está acontecendo. O grande ponto é o quanto vamos estar preparados e firmes nos tempos difíceis para lidar e achar a solução. Ao mesmo tempo que estamos construindo, também estamos fortes, firmes, para quando vier uma turbulência a gente conseguir segurar e tocar — afirmou.