Ex-presidente do Botafogo, Carlos Augusto Montenegro classificou os primeiros meses de SAF no clube como um esforço pela sobrevivência do clube. Em entrevista ao canal “Fabrício Glorioso”, o ex-dirigente citou os desafios que o clube precisou atravessar em 2022 e mostrou confiança em ver o Alvinegro como protagonista nos próximos anos.
– São sete meses de que nós saímos do fundo do poço, sete meses que largamos o pesadelo do passado, de dívidas. Estamos no caminho certo, é um ano de transição, que tinha jogadores de Série B, não houve pré-temporada… Foi um ano muito confuso, estamos sobrevivendo bem, devemos pegar uma Sul-Americana e a nossa vida começa ano que vem – afirmou Montenegro.
O ex-dirigente também elogiou Luís Castro, que foi bastante contestado pela torcida por conta da campanha irregular no Campeonato Brasileiro.
– Luís Castro sofreu toda essa transição, então não dá para fazer uma avaliação. Além da transição de Série B para a Série A, conviveu seis meses com uma média de 10 a 12 jogadores contundidos, é muito difícil para um técnico conseguir treinar, ter um conjunto. Tenho esperança nele, mas isso é com o John Textor. Ele acertou em confiar nele, acertou no projeto e o que precisamos é começar o ano bem. Estou muito feliz e com muito otimismo com o futuro – disse Montenegro, pedindo para a torcida abraçar a causa:
– Título acho que vem mais a partir de 2024. A torcida do Botafogo pode estar otimista, não vamos dar vexame, não vamos voltar para a Série B. Acreditem no projeto, não tinha outro projeto, só tinha esse, acreditem no Textor e acreditem no nosso técnico também. Ele está sofrendo igual a gente, está conhecendo o Brasil, é uma pessoa muito educada, muito inteligente, muito séria, e se sentir que não está dando resultado ele mesmo vai pedir para sair.
Montenegro também fez uma avaliação sobre a política de contratações do Botafogo neste primeiro ano com John Textor.
– Foi um planejamento para a sobrevivência, acho que que tem o caixa é que pode dizer quem vai trazer ou não. Houve algumas contratações erradas, o caso do Patrick de Paula por exemplo, não pelo jogador, mas pelo dinheiro que foi investido. Algumas pessoas questionaram o Tchê Tchê no início, mas é um jogador importantíssimo, acho que vale o dinheiro que foi investido nele.
Por fim, o ex-presidente alvinegro deu seus pitacos sobre contratações e sugeriu um reforço para vestir a camisa 10 do Botafogo em 2023.
– Acho que hoje em dia estamos precisando de gente pela direita. E sempre senti falta de um 10, de um cara que pegue a bola, vire o jogo, etc… Gosto muito de um jogador que é o Jean Carlos, do Náutico, há três anos que sigo esse jogador e acho um belo número 10. Se a gente não conseguir trazê-lo, que traga alguém equivalente – pediu Montenegro.