Artur Jorge foi anunciado pelo Botafogo há 15 dias, fez três jogos e venceu seu primeiro nesta quinta-feira: 1 a 0 sobre o Atlético-GO, no Estádio Nilton Santos, pelo Campeonato Brasileiro. Na visão do narrador Gustavo Villani, do SporTV, o treinador português tem motivo para estar usando time tão ofensivo, com quatro atacantes.
– A impressão que tenho de largada é que ele arrisca tudo. O passivo não é dele. Chegou com papel em branco para desenhar o time como quiser desde que seja ofensiva. Era uma premissa do John Textor. Então, ele vai testando. É capaz de botar quatro atacantes em três jogos, mesmo não dando certo nos dois primeiros, mesmo tirando o grande ídolo Tiquinho Soares para colocar um garoto (Matheus Nascimento) que apenas pela segunda vez começava de titular no ano. O português está meio que “eu não tenho nada a ver com impaciência da torcida, sou pago para montar time ofensivo, estou observando todo mundo pouco a pouco”. É o que imagino – frisou Villani.
– Inclusive na questão do condicionamento físico. Pede time intenso e já trouxe para o torcedor que para o nível dele de exigência o grupo está abaixo. Vai precisar pedir paciência da torcida para reequilibrar fisicamente os jogadores – pontuou.
O comentarista Lédio Carmona concordou.
– É um “vocês me contrataram, estão levando junto minhas ideias, meus princípios, meus valores”. Ele jogava assim no Braga. Os quatro da frente têm posicionamento preestabelecido, mas só vai dar certo se se movimentarem, se trocarem. As ideias estão preestabelecidas, mas isso aí demanda paciência, trabalho e resultados – explicou Lédio.
