O narrador Bruno Cantarelli criticou as últimas escolhas do técnico Davide Ancelotti, citando em especial a eliminação na Libertadores para a LDU e o empate com o Vasco em São Januário, pela Copa do Brasil. Em debate no “Charla Podcast”, Cantarelli afirmou que o treinador preferiu segurar o empate diante do time cruz-maltino do que tentar a vitória com as substituições feitas.
– Acho que o que Ancelottinho fez nos últimos jogos tem que ser criticado. Não dá para você ter uma opinião formada sobre o trabalho dele. Estou observando o que está acontecendo, porque é o primeiro trabalho dele na vida. É um treinador iniciante e não se sabe como vai ser, como vai jogar o time… É o primeiro time que ele vai colocar a cara dele e tentar implementar um estilo. Não gostei dos três volantes contra a LDU, achei um jogo muito fraco do Botafogo, foi amassado pela LDU. Lembrando que utilizou três volantes contra a LDU, [contra o Vasco] ele utilizou dois centroavantes, algo que já tinha sido feito no ano também. Cara, ele ficou satisfeito com o empate em São Januário. E no momento que o Botafogo estava jogando melhor, a entrada do Savarino mudou o time. Quando sai o Chris Ramos, ao invés de tentar ganhar o jogo, ele tenta segurar o empate. Eu acho que, para um jogo de mata-mata, você não pode desperdiçar chances, se você está melhor no jogo, você tem que matar o jogo sendo em casa ou na casa do adversário. Ele preferiu apostar no empate do que correr riscos pela vitória – afirmou Cantarelli.
– Eu não vejo o Botafogo Way, por enquanto, com o Ancelottinho. Pode alcançar? Pode. Mas as últimas opções em jogos decisivos eu não gostei, e acho que ninguém gostou. Ele recuou o time no momento em que poderia ganhar o jogo. Você deixar um Savarino no banco? Com todo respeito, não vem fazendo uma grande temporada, mas assim, é um jogador de outro refino, o Botafogo tem um outro tipo de armação de jogada no ataque. E você deixa um Savarino no banco para atuar com dois centroavantes.. Não gostei da formação original, e me incomodou muito ele optar pelo empate, ele querer o empate ao invés de assumir um risco num momento propício do Botafogo para a vitória – completou.
Bruno Cantarelli também reclamou da não utilização de Jeffinho no clássico e recordou que as críticas feitas ao ex-técnico Renato Paiva também poderiam ser utilizadas agora.
– Por que o Jeffinho não entrou? Ele entrou muito bem contra a LDU, é hoje esse jogador que tem o drible, e falta isso no Botafogo. Você tem uma alteração de entrada de um volante no lugar de um meia? Entra o Newton e não entra o Jeffinho? Não me agrada. Eu já vi os comentários. Eu só quero que o que incomodava no Renato Paiva para as pessoas incomode também no Ancelottinho. O Ancelottinho é o técnico eliminado na Libertadores para a LDU, que é um time muito abaixo do Botafogo, toma um amasso em casa e é eliminado jogando com três volantes. O Renato Paiva jogava por vezes com dois centroavantes e a galera não jogava, e o Botafogo jogou com dois centroavantes [contra o Vasco] com o Ancelottinho, que é o técnico do Botafogo. O Renato Paiva não é mais o técnico do Botafogo. O Ancelottinho tinha a possibilidade de vencer o jogo e aí ele tira um meia e coloca um volante ao invés de colocar o Jeffinho, por exemplo. Esse é o trabalho do Ancelottinho. Não é porque você tem ódio do ex-treinador do Botafogo que você tem que aplaudir tudo que ele está fazendo. A Libertadores já foi para o buraco. A Copa do Brasil é a esperança do Botafogo de título na temporada. Se perde para o Vasco no Nilton Santos, acabou o ano – sentenciou.
