Baiano, Newton se inspirou em Danilo para trilhar carreira no futebol. Hoje, os dois jogam no Botafogo na mesma posição. Ambos criados em bairros periféricos de Salvador (São Tomé de Paripe e Fazenda Coutos), respectivamente.
– Conheci (pessoalmente) o Danilo depois, mas tínhamos muitos amigos em comum. Mas eu pensava: “Pô, Danilo que é daqui, pertinho, conseguiu. Está lá no Palmeiras, foi campeão”. Só serviu de motivação porque, quando você vê um cara próximo a você vencendo, isso te dá combustível para você querer vencer também. Fiquei muito feliz – destacou Newton, ao site “GE”, celebrando a parceria com Danilo.
– Estamos sempre conversando e, infelizmente, ele sentiu, mas acho que já está para voltar. É um cara que vai ajudar muito a gente, foi contratado para ajudar. Queremos que ele volte logo para nos ajudar em campo – acrescentou.
Newton quase parou de jogar futebol em 2020, na pandemia, pela falta de perspectivas no momento.
– Foi complicado. Eu ainda estava atuando pela Jacuípense e morava com a minha mãe. E chegou um momento que pararam de pagar e começou a faltar as coisas em casa. Chamei a minha mãe para conversar e falei: “Mãe, acho que vou começar a trabalhar”. E eu tinha um amigo que o pai dele era encarregado de uma empresa que fazia obras, e ele me ofereceu um trabalho lá. Eu aceitei, comecei a trabalhar lá, mas todo dia que eu acordava, eu pensava: “Pô, meu sonho é outro”. Eu estava quase desistindo – admitiu Newton.
– Um dia o diretor da Jacuípense me liga e diz que os treinos voltariam: “Pode se apresentar que você vai estar no profissional de novo”. Naquela hora, percebi que meu sonho não estava morto. Larguei a peça (do container), fui na sala da coordenação e falei que teria que sair para me apresentar no clube. Ali, eu me vi totalmente feliz. Ainda tinha esperança dentro de mim, mas era difícil – eu estava vivendo outra realidade – lembrou.