O técnico Renato Paiva classificou o primeiro tempo do Botafogo sobre o Estudiantes como “talvez o melhor” sob seu comando até aqui. O Glorioso encarou um adversário fechado, teve paciência e foi para o intervalo vencendo por 1 a 0 – o time argentino chegou a empatar em 2 a 2, mas o Fogão levou a melhor num jogaço no Nilton Santos pela Libertadores.
– Acho que é, se calhar, o melhor primeiro tempo desde que aqui chegamos, muito completo ofensiva e defensivamente. O Estudiantes não conseguiu jogar, a nossa pressão foi asfixiante. Nossa forma de jogar podia ter sido um bocadinho mais na criação de situações de finalização, não foi. Mas, mesmo assim, temos jogadas muito bem elaboradas e relembro que não é fácil jogar contra uma linha de 5 – disse Paiva.
– Nós, no intervalo, mostramos imagens aos jogadores, no momento do cruzamento estavam quatro jogadores dentro da área. E eu disse: “Não caiam na tentação dos cruzamentos diretos. Procurem as costas ou procurem os intervalos da linha defensiva.” Porque não é fácil, jogaram com a classificação nesse momento, jogaram com a pressão de ser uma final para nós, e nós mantivemos a serenidade de não cair numa situação de cruzamentos e tentar fazer saltar a linha de cinco. Inclusive corrigi o posicionamento do Cuiabano que estava muito metido na linha e o Telles não tinha condição de poder jogar de forma de articular e mexer e fazer saltar os jogadores da linha de 5 – completou.
Renato Paiva admitiu que o cansaço pesou após o primeiro gol do Estudiantes, fruto de um pênalti esquisitíssimo, e que quase tirou da partida Marlon Freitas e Artur, assistente do segundo gol e autor do terceiro, respectivamente.
– O segundo tempo é um bocadinho de duas coisas, a reação do adversário, que marca um gol do nada, num pênalti do nada. E depois o cansaço de alguns jogadores. E tu estás sempre nisto. Sentes que o Artur está cansado, que o Marlon está cansado, mas depois é o Marlon que faz o passe para o Artur, é o Artur que faz o terceiro gol… E o treinador vive nestas incertezas – afirmou.