Renato Paiva explicou a estratégia do Botafogo na derrota para o Palmeiras por 1 a 0 na prorrogação, neste sábado (28/6), que custou a eliminação alvinegra nas oitavas de final da Copa do Mundo de Clubes. Segundo o português, a ideia foi usar os reforços no segundo tempo no Lincoln Financial Field, devido ao pouco tempo de ambientação.
— A postura do Palmeiras já sabíamos como é. Defensivamente é uma equipe muito forte e que não sofre muitos gols. Queríamos controlar a entrada forte do Palmeiras não mexendo muito no que é nossa estrutura. De fato, não tivemos muito a bola no início, por mérito do Palmeiras e também por estratégia, para depois eu poder lançar outros jogadores, como Montoro e Joaquín Correa, que têm muito talento, mas não se coloca um jogador de paraquedas, sem trabalho, contra uma equipe que conhecemos de olhos fechados. Não seria um jogo de muitas oportunidades. O Palmeiras pode ter tido uma ou duas oportunidades a mais que a gente. Depois do gol, eles recuaram naturalmente e mesmo assim tivemos nossas oportunidades. Entendo que as pessoas têm alguma pressa em ver os novos jogadores, mas eles nos dão algumas coisas e nos tiram outras. Não queria isso. Queria que o jogo avançasse para que eu os lançasse nesse momento – explicou.
Renato Paiva também rebateu um argumento comum usado por Abel, de que o Botafogo gasta milhões e milhões em reforços. O treinador alvinegro citou o investimento que o clube paulista fez no atacante Paulinho, autor do gol do jogo (€ 18 milhões, ou R$ 115 milhões à época).
— Fiquei com a frase do meu amigo Abel, que falou no investimento que o Botafogo fez nesses jogadores. O Botafogo não tem nenhum jogador que custou o valor do Paulinho. Nem do Vitor Roque. É muito bonito mandarmos para cima dos outros essas coisas, ele gosta muito disso. Parece que do outro lado não tem investimento, é só contar quantos jogadores chegaram. Nós temos jogadores que chegaram e de fato foram um ótimo investimento do John e do departamento de scouting, que chegaram agora e vamos começar a trabalhá-los com tempo para entrosá-los. Essa do Abel eu não compro, porque não temos nenhum jogador do custo do Paulinho – completou.
O Botafogo até chegou a ter um reforço do valor de Paulinho: o meio-campista Wendel, do Zenit, que custaria € 20 milhões (R$ 123 milhões). No entanto, a negociação acabou cancelada. A contratação mais cara feita pelo Glorioso na temporada 2025 foi o meia-atacante uruguaio Santiago Rodríguez: US$ 15 milhões (R$ 85,4 milhões).