O técnico Renato Paiva justificou o uso de reservas na derrota do Botafogo para o Capital-DF pela partida de volta da terceira fase da Copa do Brasil e considerou a atuação normal por conta da falta de ritmo de jogo e de entrosamento dos atletas que começaram a partida no Mané Garrincha, em Brasília.
Paiva ainda mandou um recado aos torcedores que o chamaram de “covarde” por não ter feito mais substituições durante o clássico contra o Flamengo no último domingo, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro.
– O jogo é um jogo normal para uma equipe toda mudada, e para um conjunto de grandes jogadores que está sem ritmo de jogo, sem ritmo competitivo, sem confiança de competir, essa é a verdade, e que ao longo do jogo a forma física vai baixando também, porque eles não estão habituados a este andamento. É o que é, se calhar as pessoas vão compreender algumas decisões minhas em jogos anteriores. Não é que os jogadores sejam bons ou maus, não estão em forma. E como não estão em forma, tem que jogar os que estão em forma. Então em vez de me chamarem de covarde em alguns jogos, como por exemplo no último com o Flamengo, se calhar hoje já entenderam porque é que tomei algumas decisões, porque o que está acima de tudo é o Botafogo e o bem do Botafogo, e conseguir resultados para o Botafogo. Essa é a minha missão – afirmou Paiva.
O técnico justificou a escalação reserva, com apenas o lateral-esquerdo Alex Telles dos titulares iniciando a partida.
– Descansar os jogadores era muito importante para nós, isso não há dúvida nenhuma. Era uma decisão que nós tínhamos que fazer porque há jogadores sobrecarregadíssimos com a continuidade de jogos que estão tendo. Não gosto de fazer o que fiz hoje, uma revolução quase completa, gosto de mudar com critério e de manter uma base, só que o resultado do primeiro jogo, a vantagem de quatro gols e esta sobrecarga que alguns jogadores têm, e não jogarmos no fim de semana e termos o jogo com a La U na terça-feira, levou-me a tomar esta decisão de mudar praticamente a equipe toda, mantendo o Telles, porque o Marçal também sentiu ali qualquer coisa no treino de anteontem e decidimos que não estava apto para o jogo. Tivemos de dar um bocadinho de tempo ao Telles e depois um bocadinho ao Vitinho, dividir ali o esforço – disse o treinador.