Paiva revela bronca em Patrick de Paula e explica carinho especial: ‘Perguntei se queria uma cadeira. Se há uma coisa que gosto é de recuperar jogadores com qualidade’

Patrick de Paula e Renato Paiva em Botafogo x Juventude | Campeonato Brasileiro 2025
Reprodução/Premiere

O volante Patrick de Paula tem ganhado uma atenção especial do técnico Renato Paiva, que o escalou como titular nesse começo de trabalho no Botafogo como um meia mais avançado. Após a vitória sobre o Juventude neste sábado, o treinador alvinegro explicou o carinho que tem com o atleta e porque está apostando nele mais à frente.

– Eu tenho ali o Savarino e o Patrick na posição 10, o Savarino teve uma lesão, eu tenho que me preparar para colocar ali alguém caso o Savarino não possa jogar. Eu vejo que o Patrick tem condições para jogar ali, mas jogou muito pouco ali na sua carreira. Ele é mais daqueles dois, dos 4-2, dos dois meias que ali estão à frente da defesa, ele tem mais essa capacidade de ver o jogo de frente e de ter chegada. Mas eu também quero estimulá-lo para coisas novas, porque ele teve uma fase muito boa na sua carreira, depois teve uma fase menos boa, e se há uma coisa que ele tem é qualidade, se há uma coisa que eu gosto é de recuperar jogadores com qualidade. E ele tem essa qualidade, e eu estou a estimulá-lo para poder jogar ali, sabendo que ele pode jogar mais atrás, e sabendo que o Savarino também me dá essa opção – disse Paiva.

O técnico do Botafogo revelou que deu uma bronca em Patrick durante o jogo deste sábado e que aos poucos ele foi se encontrando na partida.

– Hoje tentei jogar com os dois, para quê? Para ter a criatividade do Savarino na de extremo, mas jogando mais por dentro, não tão aberto, para deixar o corredor para o lateral, e que o Patrick ajude naquele triângulo do meio campo, seja no ir e no vir, no poder chegar. Ele hoje não conseguiu rematar, até lhe dei umas duras no início porque ele estava muito estático e muito entregue à marcação, e eu até lhe perguntei se ele queria uma cadeira… Disse-lhe mesmo, porque ele tem que se movimentar e tem que sair das marcações, ele como um coringa, como vocês dizem aqui, ele tem que desbloquear o jogo, e para desbloquear o jogo ele tem que ser mais móvel do que aquilo que foi – afirmou Paiva.

– Ele melhorou e foi crescendo ao longo do primeiro tempo, pois é um jogador que a sua pouca utilização nos últimos tempos também leva a que ele entre em fadiga mais rápido. Por exemplo, contra o Palmeiras, ele jogou muito bem, mas saiu com câimbras, e quando o pusemos no Chile nós tínhamos indicadores físicos de que era algo arriscado colocá-lo a jogar. Mas ele, quando está neste patamar, se tu não o estimulas para ir um bocadinho mais acima, ele vai estar sempre neste patamar, então arriscamos para levá-lo outra vez a jogo. E depois do jogo do Chile, os níveis de cansaço já não eram tão grandes, tão evidentes, significa que ele subiu mais um passo, e hoje outra vez. Sei bem na minha cabeça, onde os jogadores performam melhor, quando tiver a equipa toda a 100%, e sei bem qual é o sistema ou sistemas através dos quais nesta ou noutra situação podem render o melhor jogo – completou.

Fonte: Redação FogãoNET

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