Na última sexta-feira, em resenha na “Botafogo TV” sobre o centenário de Nilton Santos, Marçal deu uma “sugestão” em tom divertido ao técnico Renato Paiva para que o time jogasse com três laterais-esquerdos ao mesmo tempo. E tal situação aconteceu.
No empate com o Flamengo em 0 a 0 neste domingo (18/5), pelo Brasileirão, Marçal acabou entrando no jogo no lugar de David Ricardo, que sentiu dores na coxa. Paiva não tinha outro zagueiro no banco, e explicou por que optou pelo lateral improvisado, em vez dos volantes Newton ou Danilo Barbosa, que também já atuaram nesta função.
– Três laterais juntos é a força das circunstâncias e é a força do meu trabalho, que é encontrar soluções. Não havia muito mais opções. O Marçal já fez em algum momento zagueiro, ainda que numa linha três, não é a mesma coisa. O Marçal não é propriamente um rapaz muito alto. A minha reticência era não pela sua experiência nem pela sua qualidade, mas pelos cruzamentos, em especial para o Juninho, que é um jogador que eu conheço muito bem, em especial esses cruzamentos que podiam trazer-nos problemas relativamente à altura do Marçal – explicou Paiva.
– Só que, depois, a experiência e o saber pisar o campo e o saber posicionar-se acabou por me dar tranquilidade em colocá-lo. Obviamente vai ser difícil jogar os três ao mesmo tempo, mas quando as circunstâncias acontecem eu tenho que pensar rápido, tenho que decidir rápido. Se calhar se corresse mal, estava crucificado hoje por todos, mas também não havia muitas soluções. Poderia ter metido o Newton ou o Danilo ali, mas é um pé direito e eu quero jogar. Se eu estou já com dois zagueiros de pé direito, me dificulta a construção. E eu quero jogar. Eu estou no Botafogo, e Botafogo é para assumir, é para jogar – completou.
O Botafogo volta a campo na próxima quinta-feira para enfrentar o Capital-DF, no Mané Garrincha, em Brasília, pelo jogo de volta da terceira fase da Copa do Brasil – na ida, o Glorioso goleou por 4 a 0 dentro do Estádio Nilton Santos.