O comentarista de arbitragem Paulo Cesar Oliveira admitiu problemas com o nível da arbitragem brasileira, entre eles a diferença de critério nas marcações. Durante participação no programa “Troca de Passes”, ele começou listando “pontos positivos”.
– Tem uma questão de diferença de nível na arbitragem brasileira, isso para mim é muito claro. Tem coisas boas, podemos citar a Edina (Alves Batista) como a primeira mulher apitando a Copa América, o Raphael Claus apitou a final da Copa América, o Ramon Abatti apitou a final das Olimpíadas, são árbitros brasileiros que estão representando o país em competições internacionais – iniciou PC.
Em seguida, PC Oliveira afirmou que falta um programa único de formação de árbitros e destacou o poder das federações estaduais para indicar os juízes que irão compor o quadro nacional.
– Para um Campeonato Brasileiro, que é longo, com muitas rodadas, tem diferenças sim de atuação, devido à falta talvez de uma formação única, de uma escola nacional que consiga formar todos os árbitros dentro de um mesmo nível. A formação das federações tem muita diferença de uma para outra, tem curso de sete ou oito meses e cursos de dois, três anos. Cada federação é responsável por indicar o árbitro para o quadro nacional e nem todos chegam a um mesmo nível – disse.
PC Oliveira também cobrou da Comissão de Arbitragem da CBF atitudes mais concretas e revelou que promessas não foram cumpridas.
– Faz falta a questão do treinamento prático, da preparação para os jogos. Era uma promessa para esse ano que não foi colocada em prática, a concentração, o trabalho prático no campo de jogo. Há muito trabalho e esforço por parte da Comissão, mas só o contato online, a devolutiva pós-jogo, as reuniões online não têm sido suficientes para o nível que o campeonato se apresenta. É um campeonato que oscila em boas rodadas com boas atuações, ao mesmo tempo com algumas atuações com critérios diferentes – encerrou.