Comentarista do Grupo Globo, Paulo Cesar Oliveira considera que o árbitro Ramon Abatti Abel e o VAR Wagner Reway erraram feio ao não expulsar Hugo Moura por entrada fortíssima na canela de Tchê Tchê em Vasco 1 x 1 Botafogo, no último sábado (29/6), em São Januário, pelo Brasileiro-2024. Ele analisou o lance no programa “Seleção SporTV” desta segunda-feira.
– Para mim, é o grande erro da rodada. Entrada duríssima, não se pode aproveitar da proximidade da bola para dar entrada dessa maneira no adversário. Ele vem para chutar a bola, termina com chuteira na canela, uso de força excessiva, com risco de lesionar o adversário. No campo de jogo pode passar batido, mas o VAR analisando imagens na cabine, altura, como atingiu o adversário, deve avaliar de que maneira o jogador atingiu o adversário, com qual força, em qual parte do corpo e onde atingiu. Foi uma imagem muito forte – avaliou PC Oliveira.
– Tem acontecido no campeonato, como Fagner no Zaracho (em Corinthians 0 x 0 Atlético-MG), o árbitro Yuri Elino foi afastado e não voltou, depois teve do Caique no Cuello (em Juventude 1 x 1 Athletico-PR), agora essa imagem do Tchê Tchê. O fato do Tchê Tchê ter continuado, não ter caído, pode ter levado a interpretação diferente. Aqui se tem punido pela consequência e encenação, mas tem que avaliar a causa. Teve do Martinelli com Gregore também (em Botafogo 1 x 0 Fluminense), entrada duríssima, no primeiro tempo. A do Martinelli foi um pouco mais embaixo, essa do Hugo Moura, com a imagem, analisando no VAR, não tinha outra alternativa que não fosse a expulsão. Os árbitros são orientados a entender os movimentos do futebol, o conhecimento de como o jogador disputa a bola ajuda a tomar a decisão – disse PC.
O árbitro não marcou nem sequer falta e não deu nem mesmo cartão amarelo para Hugo Moura no lance. Tchê Tchê precisou fazer seis pontos na canela após a partida.