O empréstimo de Jeffinho do Botafogo ao Lyon gerou polêmica no sábado e foi mais aceito no domingo quando o site “GE” noticiou que os valores giram em torno de 5 milhões de euros pela cessão temporária até junho de 2023 e mais 10 milhões de euros como opção de compra. No programa “Seleção SporTV” desta terça-feira (31/1), o comentarista Paulo Cesar Vasconcellos reforçou a confiança em John Textor, investidor da SAF alvinegra.
– Entendo que os clubes têm muita dificuldade de falar com suas comunidades. No sábado à noite o torcedor do Botafogo foi surpreendido com nota falando da negociação do Jeffinho. Mal-redigida, dava a entender que se transformaria clube-satélite. Não creio, tenho convicção que não é esse o pensamento do John Textor, quer Botafogo competitivo. Claro que vai fazer negócios, mas não quer ser clube-satélite. A nota permitiu esse tipo de interpretação. É preciso que a nova administração entenda que a comunidade formada por quem torce foi açoitada na maior parte do século, o Botafogo não foi respeitado nem cuidado. Tem que ter comunicação clara com torcedor, mostrar que é grande, tratar com respeito e amor. O domingo mostrou que não foi uma negociação ruim. É evidente que Textor não vai tratar como clube de segunda categoria, como muitos trataram. Essa comunicação tem que ser mais bem feita. Precisa ser mais bem cuidada, ter um tratamento grandioso – pediu PC Vasconcellos.
O jornalista lembrou que vários clubes vendem jovens jogadores e citou que no passado o Botafogo perderia Jeffinho facilmente.
– Incomodou o torcedor um jogador sair de um clube do John Textor para outro. O empréstimo incomoda. Como incomodou o torcedor do Fluminense quando o Luiz Henrique foi negociado em definitivo. Se for olhar as graduações, as necessidades são distantes. O Vasco negociou o Andrey, o Flamengo com saúde financeira negociou o João Gomes. Quatro jogadores altamente promissores. Modelos distintos. O Botafogo em outra época se livraria do Jeffinho por duas mariolas para pagar o almoço. O atual emprestou o Jeffinho para um clube do mesmo chapéu, o dono é o mesmo. O incômodo veio da nota de que fez o torcedor acreditar que é clube formador ou satélite, o que não creio que será. O Botafogo tem um bom time, pega o elenco do ano passado e desse ano, é completamente superior. Vai brigar com Flamengo, Palmeiras e Atlético-MG? Não vai. Mas quem vai brigar? O Botafogo está ali, com elenco montado pelo John Textor – complementou.