Pedrinho se incomoda com John Textor, diz que nunca falou em fair play financeiro e afirma: ‘Ele defende SAF. Eu defendo o Vasco, ele tem que defender o Botafogo’

Pedrinho se incomoda com John Textor, diz que nunca falou em fair play financeiro e afirma: ‘Ele defende SAF. Eu defendo o Vasco, ele tem que defender o Botafogo’
Reprodução/Canal do Igor Rodrigues

Presidente do Vasco, Pedrinho ainda está chateado com John Textor, acionista do Botafogo. O empresário norte-americano criticou a presença do clube cruz-maltino na reunião da Comissão Nacional de Clubes na última segunda-feira (2/9) que iniciou um debate sobre fair play financeiro. O dirigente cruz-maltino reforçou que não esteve na reunião – o clube foi representado pelo CEO Carlos Amodeo – e que nunca falou sobre o tema publicamente.

Da minha parte, não [é treta]. É bom deixar claro. Primeiro, a CNC é um Conselho Nacional de Clubes. É um órgão consultivo para levar sugestões para a CBF, não para tomar decisões. Ela leva sugestões para a CBF, e a CBF toma as decisões. O que as pessoas não entendem é que o Vasco não vai ficar fora, enquanto eu for presidente, de nenhum debate sobre futebol – disse Pedrinho ao “Canal do Igor Rodrigues”.

Essas reuniões são mensais, e ali se debate diversos aspectos. Logística, calendário, fair play financeiro, como foi conversado… Era um dos temas. Ninguém foi ali para falar sobre o fair play financeiro. Todo mês tem essa reunião. E o Vasco vai ser representado sempre, em qualquer lugar. O Vasco não foi lá para falar de fair play financeiro. O Vasco faz parte desse órgão consultivo para levar sugestões para a CBF. Como é que eu, como presidente, não vou mandar ninguém? Vai. Todos os debates sobre futebol o Vasco vai. O Vasco tem representatividade hoje – continuou.

Me assustou muito a questão do Textor falar, porque você não vai pegar uma entrevista minha sobre fair play financeiro. Eu nunca falei sobre isso, ainda mais do Botafogo. Nunca falei, apesar de ter minha opinião. O que eu fiquei assustado é ele falar sobre isso, porque o Vasco estava presente, ele citar meu nome, falando como se eu tivesse falado algo. Eu nunca falei – completou.

Magoado, Pedrinho pediu para John Textor se ater ao Botafogo.

Existe uma diferença muito grande, e eu percebo nesses embates recentes… O Textor defende SAF. Eu não sou contra o SAF e não vou ser. Eu defendo o Vasco. Ele tem que defender o Botafogo. Ele tem que se preocupar com o Botafogo, ele não tem que se preocupar com o Vasco. Ele tem que defender muito mais o Botafogo instituição do que a SAF, apesar dos dois estarem conectados. Eu vou defender o Vasco sempre. Eu não sei porque ele está implicando comigo. Não sei o que ele quer comigo ou com o Vasco – reclamou.

Enquanto eu for o presidente, todas as vezes que ele me citar ou citar o Vasco, ele vai ter uma resposta à altura. Primeiro, porque ele mentiu. Eu nunca estive presente. Mandei o representante e mandarei sempre, que for para falar de futebol. O assunto não era especificamente fair play financeiro e o representante do Vasco não foi lá para isso, não foi lá para questionar o fair play financeiro em cima das contratações do Botafogo. Eu nunca falei sobre fair play financeiro, ainda mais direcionado ao Botafogo – repetiu.

Pedrinho elogiou o trabalho feito por John Textor no Botafogo, sem deixar de reclamar novamente do norte-americano:

Na entrevista que eu respondi ao Textor, eu falei que o trabalho é excelente. E eu acho isso muito legal, faz com que os outros clubes comecem a trabalhar muito mais para gerar receita e também fazer grandes contratações, porque você eleva o nível técnico, você não joga para baixo, você joga para cima. Não me incomoda em nada ver o Botafogo desempenhando e com grandes jogadores. Agora, ele não pode mentir. Inclusive, no negócio da 777, que ele me pediu desculpas, porque ele não sabe nem o que ele está falando. Ele não sabe de 1% do que acontece aqui dentro de São Januário. Ele não tem moral para falar do Vasco.

Posição sobre fair play financeiro

Pedrinho não quis se aprofundar muito sobre fair play financeiro, mas disse que é preciso criar um mecanismo para que os clubes não gastem além do que recebem.

Você pode criar um fair play financeiro com diversos aspectos diferentes. O óbvio é você estar com os seus salários um dia, honrando a sua folha salarial, comissão de empresários, e as dívidas que você fez acordo e estar cumprindo. Partindo desse princípio, o que você gera de receita, o que você tem de receita, você não pode gastar mais do que recebe. Esse, para mim, é o fair play financeiro – resumiu Pedrinho, encerrando o assunto:

Me incomoda [o que Textor falou], porque é mentira. Eu nunca fiz nada para ele. Pelo contrário, eu fico muito feliz, porque eu gosto que chame para cima realmente. Eu gosto de elevar o nível técnico. Eu não gosto de nivelar por baixo. E o Botafogo hoje elevou o nível técnico, está com um grande time. Então, é isso que eu tenho que fazer. Buscar o melhor para fazer com que o Vasco tenha um grande time também.

Fonte: Redação FogãoNET e Canal do Igor Rodrigues

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