Bruno Henrique, do Flamengo, foi indiciado na última segunda-feira por estelionato e fraude em competição esportiva, ao lado de mais dez pessoas. A informação é do site “Metrópoles”. O artigo 200 da Lei Geral do Esporte prevê pena dois a seis anos de reclusão por fraude e de um a cinco anos de prisão por estelionato.
De acordo com o site, a PF analisou 3.989 conversas no WhatsApp de Bruno Henrique e encontrou indícios de participação de manipulação de resultados por apostas esportivas. Há mensagens vazias ou apagadas, o que indica que o jogador pode ter deletado diálogos comprometedores.
Além disso, o celular do irmão de Bruno Henrique, Wander Nunes Pinto Júnior, mostra conversas que podem indicar envolvimento de Bruno Henrique em esquema para levar cartão amarelo em Flamengo x Santos, pelo Campeonato Brasileiro de 2023.
O site ainda revela diálogo entre Bruno Henrique e o irmão:
Wander: “Ô tio, você está com 2 cartão no brasileiro?”
Bruno Henrique: “Sim”.
Wander: “Quando [o] pessoal mandar tomar o 3 liga nós hein kkkk”
Bruno Henrique: “Contra o Santos”.
Wander: “Daqui quantas semanas?”
Bruno Henrique: “Olha aí no Google”
Wander: “29 de outubro”, “Será que você vai aguentar ficar até lá sem cartão kkkkkk”
Bruno Henrique: “Não vou reclamar”, “Só se eu entrar forte em alguém”
Wander: “Boua já vou guardar o dinheiro investimento com sucesso”
A Polícia Federal identificou que dos dez envolvidos três têm vínculos familiares com Bruno Henrique (irmão, cunhada e prima). O caso inicialmente chegou a ser levado ao STJD, órgão ligado à CBF, que rapidamente arquivou, alegando que “eventuais lucros das apostas reportados no alerta seriam ínfimos, quando comparados ao salário mensal do jogador”. A PF manteve a investigação até o fim.