Porta-voz da Botafogo SAF crê em time competitivo já no início do Brasileiro: ‘Presença do John Textor já é uma realidade’

André Chame
Vitor Silva/Botafogo

Em 60 dias, o Botafogo fez uma transição que levaria em média seis meses. Foi o que explicou o advogado André Chame, ao site “GE”. Porta-voz da SAF e membro do Comitê de Transição, ele acredita em time competitivo já no início do Campeonato Brasileiro.

Chame participou ou, no mínimo acompanhou, de todas as etapas do Botafogo para se tornar S/A desde 2019. Em 2022, com o empresário americano John Textor, o clube conseguiu virar SAF, como anunciou na última quinta-feira. Faltam só detalhes, mas que não atrapalham.

Ainda temos alguns ajustes burocráticos para serem feitos nos próximos dias, mas a presença do John já é uma realidade. Por razão de confidencialidade, não posso contar quais são, mas são pontos meramente burocráticos. A gente pode dizer que está 100% certo. Os detalhes não são de maneira nenhuma impeditivos para a chegada do John. Não parece factível uma reversão disso. O investidor já está no Botafogo – explicou André Chame, ao site “GE”.

Uma das razões para o advogado crer em um Botafogo forte são cláusulas previstas no contrato, além do investimento de R$ 400 milhões.

O John tem uma obrigação de aporte mínimo, que é de R$ 400 milhões e mais o investimento necessário para as metas de folha e orçamento anuais. Mas, nada impede que faça aportes adicionais, se for do interesse. Se o clube não conseguir aportar o seu percentual nesse investimento a mais, se dilui a sociedade, como em qualquer empresa. Só que há uma trava nos 5%, para que o clube nunca perca esse percentual mínimo. Um exemplo: se em um capital de R$ 500 milhões o investidor aportar mais R$ 100 milhões, são 20%. Se o Botafogo não acompanhar, o capital será diluído. Mas, nunca a menos de 5% para o clube – ponderou.

A razão de o Botafogo manter um percentual é para se preservar.

– Enquanto o clube tem ao menos uma cota da SAF, a empresa é obrigada a respeitar todas as marcas, distintivos, bandeiras, hinos, toda a identidade do clube, se manter no Rio de Janeiro. Mesmo se o investidor pensasse em fazer isso, dependeria obrigatoriamente do voto afirmativo do Botafogo. A não ser que algum presidente no futuro aceita uma mudança dessas, o que eu não imagino. É isso que dá garantias para mantermos sempre toda a identidade alvinegra, além da presença nos conselhos Fiscal e de Administração – completou Chame.

Fonte: Redação FogãoNET e GE

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