A coluna “Lei em Campo”, do “UOL”, repercutiu nota do blog do Lauro Jardim, em “O Globo”, que apontava que a “a SAF do Botafogo passa por momentos de turbulência e tem prejuízo operacional de R$ 130 milhões” em 2022. De acordo com os especialistas ouvidos, os números não devem ser tratados como alerta ou preocupação.
O motivo principal é simples, ser uma empresa em início de funcionamento, com investimentos sendo realizados.
– Não diria que o aumento do prejuízo operacional do Botafogo acende um sinal de alerta para as SAFs, isso porque é preciso entender o que levou a esse número. O clube fez maiores investimentos para ter um time mais competitivo na Série A do Brasileirão, o que deve impactar no déficit. Mas esse prejuízo operacional certamente será compensado com cotas maiores de televisão que ainda devem ingressar no caixa da empresa – explicou Rafael Marcondes, advogado especializado em direito desportivo e colunista do “Lei em Campo”.
Já o economista César Grafietti lembrou que, enquanto não há a entrada significativa de receitas, há o aporte de recursos de John Textor, como acionista.
– Tudo precisa de contexto. Temos que pensar a SAF como um negócio começando quase do zero. Tem algumas receitas, tem custos, mas precisa de investimentos e aportes para se estruturar e crescer. O novo acionista rescindiu contratos, investiu em atletas e profissionais, e sem atrasos de qualquer tipo, porque os investimentos não são custeados por receitas, mas por aportes de recursos do acionista – argumentou Grafietti.
O próprio John Textor já havia rebatido a nota do blog do Lauro Jardim.
– Artigo sobre SAF Botafogo é pura fantasia. Por que ficaríamos surpresos com as perdas que nos comprometemos a gastar em nosso contrato? Construir uma empresa e um elenco da Série A é caro. Essa é minha responsabilidade – disse Textor.