No início de março, John Textor deu entrevista forte sobre corrupção na arbitragem do futebol brasileiro, disse ter áudio de árbitros reclamando de não recebimento de propina e prometeu entregar provas as autoridades em 30 dias. Perguntado sobre o tema, o presidente do Botafogo, Durcesio Mello, deu alguns detalhes de bastidores.
– Isso existe, não posso nem falar, porque há um acordo de confidencialidade. Evidências existem, na hora certa ele vai apresentar. Deixar bem claro que não é do Botafogo, essa empresa Good Game!, que foi contratada pela Ferj inclusive, tem evidências no Brasil e fora. Quando você tem, por exemplo, a máfia das apostas, que pegou vários jogadores, é muito provável imaginar que haja árbitro envolvido também. E não estamos falando só do Botafogo, vai ter algum jogo do Botafogo, sim, mas é do futebol – explicou Durcesio, ao podcast “GE”.
– O que o John Textor pode trazer é um grande benefício para o futebol brasileiro. Em vez de ser massacrado, deveriam esperar ele montar o dossiê dele para apresentar, porque é um bem para o futebol. Tive oportunidade de ver algumas coisas, é impressionante. Não tem nada a ver com “o Botafogo perdeu o título”, é dissociado, inclusive há jogos que não são do Botafogo, são de Série A, de Série B, se não me engano 17 jogos. Na hora certa ele vai apresentar isso. Não posso falar mais porque sob acordo de confidencialidade – completou o presidente.
John Textor pretende entregar o material ao Ministério Público, por acreditar que o STJD não é competente para o caso. O órgão arquivou rapidamente pedido de investigação em dezembro, mas agora quer receber as provas e pode punir o empresário americano.
