Presidente do Fluminense, Mário Bittencourt se posicionou publicamente a favor de fair play financeiro, assim como fez o Flamengo na última semana. O dirigente tricolor, no podcast “Flashscore”, direto do evento Confut, foi perguntado sobre a ideia de “teto salarial” defendida por John Textor, acionista da SAF do Botafogo, e foi direto.
– Discordo dele, porque não falou de fair play financeiro, falou de teto salarial. Não precisamos de teto salarial, mas de fair play financeiro, porque baliza os gastos anuais do clube. Se quer pagar R$ 100 mil (de salários) a todos os jogadores e R$ 5 milhões para Cristiano Ronaldo ou Neymar, é escolha do clube. O que não pode é gastar mais do que fatura. A escolha de como vai gastar o dinheiro é individual. Por isso não acho que o que ele falou é o correto, no sentido de que se não tiver teto salarial o Bahia vai (ganhar diversos campeonatos por ser do Grupo City). É justamente o contrário, os clubes vão comprar jogadores sem ter condição, mas se tiver salário todo mundo igual ele compete com quem faz uma gestão – argumentou Mário Bittencourt.
– Tem que limitar os gastos, aí cada um faz sua gestão e monta o time de acordo com suas receitas, que infelizmente não é o que acontece no Brasil. Clubes como Fluminense, Fortaleza, tentam manter suas contas em dia, manter salários mais baratos e mesmo assim ganhar campeonatos, e outros clubes, que não vou citar nomes porque são amigos, são colegas, têm condição muito financeira pior que a nossa e gastam muito mais no time de futebol do que nós – completou.
A discussão sobre fair play financeiro se intensificou esta semana por reclamações do Flamengo após sofrer goleada de 4 a 1 para o Botafogo.