Presidente do São Paulo, Julio Casares entrou no tema fair play financeiro e jogou indireta para o Botafogo, que tem SAF comandada por John Textor. Perguntado sobre o futuro de seu clube, o dirigente iniciou detalhando planos, mas depois partiu para ironias.
– A reestruturação financeira, aliada a plano estratégico, vai trazer oxigênio ao São Paulo. Primeiro porque você alonga a dívida e, em cinco anos, você tem possibilidade real de acabar com ela. Hoje, juros financeiros representam mais que nosso investimento na base em Cotia anualmente. O futuro do São Paulo é o equilíbrio das contas, trabalhar estádio mais confortável, moderno, sem perder a tradição do Morumbis, e olhar a estratégia principal que é revelar jogadores. Um clube que fatura R$ 1 bilhão vai poder investir mais que um que fatura R$ 500 milhões. É da natureza do mercado – afirmou Julio Casares, à ESPN.
– Agora, temos que ter regras. Se não acontecer, as SAFs de gente séria e outras de aventureiros vão chegar no Brasil, com qualquer oferta para pagar parte da dívida, jogar para a associação e fazer seu trampolim, sua ciranda de valorizar atleta A e B, que veste uma camisa no primeiro semestre, depois volta. Estamos vendo, jogadores que foram para França, Inglaterra e depois voltam para o clube do qual saíram. Isso não é bom para o futebol e não é saudável – reclamou.
O único clube brasileiro que faz parte de uma holding que tem equipes na França e na Inglaterra é o Botafogo, a Eagle Football.