Presidente da Ferj opina sobre SAFs: ‘Desnível econômico do Flamengo para os demais pode ser minimizado de imediato por Botafogo e Vasco’

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Por FogãoNET

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Rubens Lopes, presidente da Ferj
YouTube/Resenha com TF

O futebol carioca passou a ter duas SAFs em 2022. Botafogo e Vasco negociaram ativos do futebol com investidores e pretendem mudar de patamar nos próximos anos. Para o presidente da Ferj, Rubens Lopes, os dois clubes poderão equilibrar o lado financeiro com o Flamengo.

Em entrevista ao canal “Resenha com TF”, o dirigente primeiro ressaltou a importância de uma boa gestão.

– Sobre a SAF, ela foi criada com o objetivo de dar segurança a um investidor que pudesse aportar seus recursos e ter maior segurança na forma de aplicação e no retorno do investimento. Os clubes, em alguma dificuldade financeira, viram nesse modelo uma forma de ter aporte imediato de recursos que lhes permitissem sobrevivência e competitividade. Nada mais é que uma instituição, uma forma jurídica, empresarial, que não é garantia de sucesso. Tudo passa por gestão. Se a gestão da SAF foi ruim, o resultado vai ser ruim. Não é o modelo que é garantia de sucesso. Um mau gestor, pode estar na SAF, na SOF, na SIFU (risos), o que não acredito que venha a acontecer, embora tenha o caso do Gama… O problema é de acordo com a gestão – frisou.

Para Rubens Lopes, o novo cenário das SAFs vai impactar diretamente nas competições.

– É uma forma promissora, as pessoas não estão ali para brincar, a não ser que esteja com dinheiro além da conta. Não acredito que o presidente da SAF do Botafogo tenha entrado só para brincar e depois não queira mais o clube. Vislumbra como negócio. É a expectativa que todo botafoguense tem. Eu posso referendar isso. Mas é uma forma muito nova. Começamos a conviver com isso agora, tem oito meses, vamos aguardar. De uma forma imediatista, financeiramente foi uma solução que permitiu ter uma certa tranquilidade, reforçada pela expectativa de que recursos serão aportados – disse.

– Uma consequência imediata é o desequilíbrio econômico que vai acontecer nas competições. Não há dúvida. Vamos ter Fórmula 1 com Ferrari, McLaren e com fusquinhas lá atrás. Isso vai acontecer na primeira competição nacional. No Estadual não sei se tanto assim, porque a competição se resume em protagonistas e coadjuvantes. No Rio temos as quatro grandes marcas, é a única cidade do mundo que tem quatro grandes marcas. Antes tinha um desequilíbrio pelo Flamengo em si, com situação econômica muito melhor. Agora tem mais duas outras marcas que podem concorrer de imediato com o Flamengo, é só colocar o dinheiro lá. Embora muito dinheiro pode não significar resultado. O desnível econômico do Flamengo em relação aos demais pode ser muito minimizado de imediato por duas marcas, Botafogo e Vasco, em função da SAF. O Fluminense eu não sei como vai se situar economicamente no meio desse poderio econômico dos outros. Quando transporta para a Série A, fica um pouco mais complicado. O desnível vai aumentar muito e impactar no resultado de campo, no resultado técnico da competição, na probabilidade de quem pode ser campeão ou não. Vai aumentar a previsibilidade – finalizou.

Fonte: Redação FogãoNET e Resenha com TF

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