Presidente da Ferj vê ‘radicalização’ de Botafogo e Vasco e não crê que dupla conseguirá mais dinheiro do que o modelo proposto

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Por FogãoNET

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Rubens Lopes, presidente da Ferj, fala sobre retorno do Campeonato Carioca
Reprodução/TV Globo

Presidente da Federação de Futebol do Rio de Janeiro, Rubens Lopes chamou de “radicalização” a postura de Botafogo e Vasco de não aceitarem a divisão das cotas de TV do Campeonato Carioca proposta pela entidade em parceria com a Brax. Os dois clubes ficaram fora do acordo coletivo, posteriormente assinado com a Band.

– A Ferj reuniu os quatro grandes e a empresa e os deixou sozinhos no debate para uma conclusão. Em determinado momento, eu saí da sala e deixei para eles decidirem. Marcou-se uma nova reunião, mas na noite anterior, os dois clubes, Vasco e Botafogo, radicalmente, disseram que se a divisão não fosse igualitária, não iriam aderir. O prazo era curto, mas em função da intransigência desses clubes, que durante dois anos não receberam nada e agora radicalizaram. A Ferj não pode impor adesão. Quem quiser adere, quem não quiser, não adere. Quando lemos que a Ferj privilegiou, é uma declaração leviana, inconsequente e insana – disse Rubinho à “Rádio Tupi”.

O dirigente disse “duvidar” de que a dupla conseguirá mais recursos do que o que estava no acordo (R$ 9 milhões para cada um).

– Com toda naturalidade, isenção, apoio e tudo que for melhor para o crescimento. Nós precisamos de todos. Não poderia ser diferente. É uma decisão que a Ferj não participa, pode argumentar, sensibilizá-los da importância do fortalecimento do conjunto. Eles serão respeitados. A Ferj tem como objetivo contribuir para o crescimento dos clubes. Eles estão conscientes que têm que cumprir os deveres no regulamento. Regulamento que eles têm voz e voto. Esse é o quadro. Tenho certeza que com os dois os recursos seriam maiores, mas cada um sabe de si. O direito de exibição com a nova legislação é do mandante. Tenho dúvidas que qualquer um colherá recursos superiores aos apresentados no contrato comercial – afirmou.

O dirigente garantiu que a Ferj não teve qualquer participação na divisão das cotas de TV, apesar das notícias de que a entidade teria oferecido o dobro para o Flamengo depois de Botafogo e Vasco terem aceitado os termos, situação que gerou a ruptura dos dois clubes que se tornaram SAF.

– A Ferj não participa do critério de divisão de receita. Não existe essa narrativa de que a Ferj fez a distribuição dessa ou daquela receita. A Ferj conduz a reunião – respondeu Rubens Lopes, continuando:

– A Brax Esportes ofereceu aos clubes uma garantia mínima. Ou seja, os clubes entram no campeonato com um planejamento já sabendo o quanto irão receber de recursos. Saiu uma notícia na fase de debate que o Flamengo queria isso ou aquilo, mas cada um queria isso ou aquilo. A Ferj reuniu os quatro clubes e a empresa garantidora desses recursos, que ofereceu um valor a ser distribuído entre esses quatro clubes. O valor foi de R$ 45 milhões, depois para R$ 50 milhões, que seria distribuído entre os quatro. Dessa discussão, desse critério, quem vai receber quanto, a Ferj não participa disso. O critério é estabelecido por uma decisão democrática. Em determinado momento, alguns entendiam que o critério deveria ser igualitário, outros não entendiam isso. Mas sobre a argumentação de que no mundo do futebol existe desigualdade, de acordo com o apelo comercial. Evidente que o patrocinador da camisa de um clube, não paga a mesma coisa para outro. Desigualdade em função do interesse comercial, isso acontece em todas as ligas.

Fonte: Redação FogãoNET e Rádio Tupi

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