Presidente do Flamengo alega que gramado sintético causa desigualdade: ‘Gera diferenciais competitivos’

Luiz Eduardo Baptista, do Flamengo
YouTube/Poder 360

Presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista voltou a se posicionar contra o gramado sintético. O clube defende o fim deste tipo de piso no futebol brasileiro. Em entrevista ao “Poder 360“, ele fez duras críticas e reclamou de desigualdade.

Esse é um aspecto interessante e nós costumamos dizer que nem tudo o que acontece na Europa é bom para o Brasil, certo? Tanto que há condições e circunstâncias diferentes em cada lugar. O gramado sintético foi aprovado pela Fifa em situações absolutamente excepcionais para países que ficavam oito, nove meses sob neve, com clima absolutamente hostil. Então se não houvesse essa possibilidade, não haveria a prática do futebol – iniciou Bap.

Alguns clubes brasileiros pescaram essa possibilidade que havia fora do Brasil e trouxeram para cá para o Brasil, tropicalizaram a ideia de forma a economizarem na manutenção do gramado. O esporte futebol nas maiores ligas do mundo, nas cinco maiores ligas do mundo, é praticado em gramados e você tem regras muito claras da qualidade do campo que você tem que de alguma maneira exercer na prática do futebol. Então quando você tem um gramado diferente, quando você tem um gramado de plástico, que é o dito gramado sintético, você cria uma iniquidade, porque a bola quica diferente, o ritmo dela é diferente, o impacto nos atletas é diferente. De onde veio essa ideia, onde o clima é inclemente, você joga 45, 50 partidos por ano. No Brasil você joga 75, 80. Isso não é bom para o atleta, não é bom para o espetáculo e gera diferenciais competitivos, tá certo? Para quem pratica o esporte nesse campo contra quem não pratica o esporte nesse campo – alegou.

O dirigente ainda citou o aspecto econômico.

E por fim é o seguinte, custa ao Flamengo e ao Fluminense, que são sócios do Maracanã, alguma coisa como 40 ou 50 milhões de reais por ano para manter um gramado perfeito, jogando-se 80 partidas por ano no Maracanã. Eu acredito, nós acreditamos no Flamengo, que isso não é justo, que você tenha um diferencial competitivo estabelecido pelo tipo de gramado que você joga. “Ah, mas é muito mais caro ter grama”. É mais caro ter grama. O nosso ponto de vista é que se você não tem condição de praticar o futebol, o futebol que é o maior campeão do mundo em campo de grama, talvez você não possa disputar a Série A do Campeonato Brasileiro – cutucou.

Botafogo, Palmeiras e Atlético-MG são clubes da Série A que têm gramado sintético em seus estádios.

Fonte: Redação FogãoNET e Poder 360

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