Presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista voltou a criticar o gramado sintético e ironizou os clubes que utilizam. O dirigente pede padronização dos campos e é contra o piso artificial.
– Não é só a padronização do gramado. Nós temos feito uma campanha importante contra o gramado de plástico. Ano que vem serão 18 estádios, seis deles com gramado sintético. Não existe nada disso na Europa e na América do Sul. A gente fica importando ideias de países que têm dez meses por ano de gelo. Em um campo desses você não joga futebol. É uma vergonha que a gente aceite isso no Brasil. Vamos trabalhar abertamente contra isso — não só pela padronização dos gramados, mas pelo campo em que jogamos. Campo de plástico, não. Essa é a posição do Flamengo – reclamou Bap.
– Quem pensa em ganhar dinheiro fazendo shows deveria trocar de negócio. Saia do futebol e vá viver de show business, não tem problema. Mas achar que o futebol precisa de um campo de plástico porque vai fazer show? Nós não concordamos – ironizou.
Quem rebateu o dirigente foi a presidente do Palmeiras, Leila Pereira. O clube seria um dos prejudicados, assim como Botafogo, Atlético-MG, Athletico-PR e Chapecoense. Ela foi firme em nota oficial.
“Antes de mais nada, eu fico contente que a atual gestão do Flamengo demonstre, enfim, algum interesse em contribuir com a melhora do futebol brasileiro. Durante este ano, eu participei de vários debates com presidentes de outros grandes clubes, nos âmbitos da CBF e da LIBRA, e o Flamengo sempre se omitiu. Portanto, é até louvável que o Flamengo apresente uma proposta supostamente em benefício do futebol brasileiro, e não somente em benefício dele próprio.
Em relação a essa discussão sobre a qualidade dos gramados do Brasil, infelizmente, é algo que vem sendo pautado pelo clubismo. O fato é que não há qualquer evidência científica de que os campos sintéticos ofereçam maior risco de lesão aos atletas. Inclusive, desde que implementou o gramado artificial no Allianz Parque, em 2020, o Palmeiras é um dos clubes da Série A com menor número de jogadores lesionados. Portanto, as alegações feitas pela atual gestão do Flamengo não passam de fake news.
Se a atual gestão do Flamengo, comandada pelo presidente Bap, estivesse realmente preocupada com a qualidade dos gramados do Brasil, o campo do Maracanã não seria tão ruim quanto é. Aliás, o Flamengo, no dia em que tiver um estádio próprio, pode instalar nele o tipo de gramado que quiser. O Palmeiras tem estádio próprio e optou por colocar um gramado artificial. Eu também tenho um estádio, a Arena Crefisa Barueri, e decidi pela implementação do piso sintético. O mais importante é respeitarmos as regras da FIFA e a integridade física dos atletas, sem clubismo e sem fake news.”








