Pedro Raul não deverá ficar no Goiás para 2023. Cotado no Botafogo e em vários outros clubes, do Brasil e do exterior, o centroavante já foi tratado em tom de despedida pelo presidente do Esmeraldino, Paulo Rogério Pinheiro, em entrevista ao “Canal do Nicola”.
– Pedro Raul foi uma escolha individual do Edminho (Pinheiro, presidente do Conselho Deliberativo), que buscou ele. Trouxe, não perdemos tempo em discutir, era hoje ou perde. Foi para Portugal, teve depressão, no Japão estava infeliz, caiu no colo do Edminho. Eu estava até fora do Brasil. Me ligou, falei “traz”. Tínhamos o Nicolas, encaixaria certinho os dois, já iríamos negociar o Bruno Mezenga. Quando o Pedro Raul chegou, ficou no banco e o Nicolas metendo gol, até que teve lesão grau 3. O Pedro Raul assumiu e não saiu mais. Estamos muito bem servidos. O Pedro Raul vai sair, bem provável que não fique com a gente, ainda temos o Nicolas e vamos atrás de outro centroavante – admitiu Paulo Rogério Pinheiro.
O presidente não jogou totalmente a toalha, mas explicou o maior empecilho para manter Pedro Raul.
– Não, depende só dele. Se bater o martelo, falar que tem proposta de 10 milhões de euros, mas quero ficar no Goiás, é o jogador que manda. O problema não é nem pagar o clube, é pagar o salário dele. Tem propostas de salário de R$ 600 mil, de R$ 700 mil, isso para nós é inviável. Não comentou se é do Brasil ou de fora – contou Paulo Rogério Pinheiro, que explicou a escolha do centroavante de não sair no meio da temporada.
– Ele nos deu a palavra em junho que não sairia, para não nos preocuparmos, que já tinha avisado o empresário dele. Sabia que tinha condições de ser o artilheiro do Campeonato Brasileiro. Terminando esse ciclo no Brasil, se valia 5 milhões de euros, passa a valer 20 milhões. Se for artilheiro e convocado, o que é bem provável após a Copa do Mundo, vai valer mais. Ele quis ficar. É um rapaz de caráter, diferenciado – completou.
