O presidente do Grêmio, Alberto Guerra, afirmou que o Botafogo está devendo algumas parcelas pela compra do atacante Nathan Fernandes, concretizada em fevereiro por US$ 10 milhões (R$ 57,3 milhões à época), sendo US$ 7,5 milhões e o restante em variáveis.
O dirigente deu entrevista ao programa “Bola Rolando“, do BandSports, nesta quinta-feira (9/10), e inicialmente não quis citar os clubes que hoje devem ao Grêmio. Ele admitiu que o Tricolor Gaúcho também tem dívidas com outras agremiações.
– Tem clube devendo para o Grêmio, assim como o Grêmio deve para clube também. Essa nossa conta está equilibrada. Eu não quero expor os clubes aqui, porque eu posso dizer que o Grêmio deve, por exemplo, uma parcela do Wagner Leonardo ao Vitória, deve também um pouquinho ainda do saldo para o Atlético-MG, não sei se é do Pavon ou do Jemerson, mas é pouca coisa agora. Mas também tem clubes que devem para o Grêmio uma quantidade de dinheiro significativa – disse Guerra, depois revelando os clubes após a insistência na pergunta:
– Nós temos uma parcela do Ferreirinha, do São Paulo, ainda em aberto. E o Botafogo do Nathan Fernandes, que deve também parcelas, que atrasa, infelizmente, é até anormal, assim como o Grêmio também atrasou recentemente algumas parcelas.
Alberto Guerra voltou a defender a implementação de um fair play financeiro no futebol brasileiro, mas de forma gradativa. A começar pela obrigação dos clubes de não estarem devendo para os outros, sob pena de não poder disputar o Campeonato Brasileiro.
– Sou muito favorável, acho uma ferramenta importantíssima para o nosso futebol e que tem que ser incluída gradativamente. Ao invés de ficarmos discutindo uma legislação com 20, 30 pontos e que uma ou outra acaba sendo polêmica, e aí ficamos travado nessas discussões, se todo ano acrescentarmos uma ou duas regras para serem aplicadas a partir do ano que vem, em cinco, seis anos vamos ter uma legislação bastante boa. Por exemplo, a partir do ano que vem, não pode haver dívidas. Quem tiver dívida um com o outro não vai jogar a Série A. Isso já resolveria um grande problema para nós, porque um clube deve para o outro, alguém compra um jogador do outro clube e não paga, se beneficia tecnicamente com o jogador, e quem vendeu não tem o dinheiro para repor aquela peça – pontuou.