Já imaginou os clubes brasileiros na Concacaf? É o que sugeriu na noite desta segunda-feira (10/3) a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, revoltada com a Conmebol por punição branda ao Cerro Porteño em caso de racismo em jogo da Libertadores Sub-20 contra o atacante Luighi.
– O Brasil representando 60% da receita da Conmebol e os clubes brasileiros sendo tratados dessa forma. Eu vou lançar até uma ideia, uma reflexão para todos nós, já que a Conmebol não consegue coibir esse tipo de crime, como a Conmebol não consegue tratar os clubes brasileiros com o tamanho que os clubes brasileiros representam para a Conmebol, por que não pensar em nós nos filiarmos à Concacaf? Saímos da Conmebol e vamos para a Concacaf. Eu acho que só assim vão respeitar o futebol brasileiro. O futebol brasileiro não está sendo respeitado pela Conmebol. Então é uma coisa para se pensar, eu vou até conversar, eu tenho uma reunião quarta-feira na CBF, vou conversar com os clubes brasileiros que vão estar lá e com o presidente Ednaldo (Rodrigues, da CBF), que é uma semente para se plantar. Já que não somos respeitados aqui pelo órgão que controla o futebol da América do Sul, por que não irmos para a Concacaf? Com certeza, financeiramente, para todos os clubes brasileiros, seria muito melhor – alegou Leila Pereira, à “TNT Sports” antes de Palmeiras x São Paulo, no Allianz Parque, pela semifinal do Paulistão-2025.
A dirigente se mostrou irritada com a confederação sul-americana.
– Eu quero dizer a minha indignação da pena aplicada pela Conmebol de US$ 50 mil dólares e portões fechados. Aliás, o Cerro nem está mais disputando a Libertadores, portões fechados em sub-20, vocês viram ontem, público quase absolutamente nenhum, acho que tinha meia dúzia de racistas lá nesse dia, não é? E a aplicação de US$ 50 mil dólares, crime de racismo, quando, se você atrasa um minuto para entrar em campo, são US$ 100 mil dólares, se acender sinalizador, US$ 78 mil dólares. Vocês vejam como a Conmebol encara o crime de racismo, isso é um absurdo. Então, nós ficamos indignados e nós, então, o que nós fizemos? Nós escrevemos uma carta, não só o Palmeiras, o Palmeiras e os clubes da Libra e da LFU assinam essa carta para a Fifa, solicitando que a Fifa intervenha nesses casos de racismo e que, juntamente com a Conmebol, intervenha na Conmebol, para que as penalidades sejam muito mais pesadas. Só com a certeza da punição que nós vamos coibir esse tipo de crime. Nós temos que tomar medidas firmes com relação à Conmebol, porque não é possível – reclamou.