Presidente do São Paulo defende Libra e rasga elogios a John Textor, do Botafogo: ‘Saúdo muito a vinda dele. Investidor vibrante’

John Textor, acionista do Botafogo, entre os presidentes Leila Pereira (Palmeiras) e Júlio Casares (São Paulo)
Divulgação

A Libra, liga do futebol brasileiro, está ganhando corpo, conta com a assinatura dos principais clubes brasileiros e, apesar de ter resistência do Forte Futebol, pode ser o caminho para o futuro. Essa é a opinião do presidente do São Paulo, Julio Casares, que acredita em união e pede fim das vaidades.

Para mim, tenho convicção que é a maior oportunidade que o futebol brasileiro tem. Vai depender da maturidade dos dirigentes, do equilíbrio e de achar que vai perder um pouquinho, mas vai ganhar no bolo no futuro. Vai ter dinheiro para todo mundo, vai ter investidor. Tenho convicção, por isso demos passo incisivo e está crescendo a adesão do clubes. A CBF vai homologar, vai cuidar da Seleção Brasileira, tribunais, arbitragens, normatização, governança, mas o Campeonato Brasileiro tem que ser feito pelos clubes, ouvindo os patrocinadores, os veículos que patrocinam, que são os maiores patrocinadores. É nesse bolo que temos que ter a maturidade. Senão vira a liga do botequim. Todo mundo é a favor, mas na hora de sentar “eu quero mais, meu time vale mais”. O diálogo está sendo permanente, construir juntos para termos um futebol sustentável – disse Julio Casares, no programa “O Grande Círculo”, do “SporTV”.

Temos que entender que somos diferentes. Respeito o crescimento, o volume de torcida, engajamento, ticket médio diferente, tudo tem como apurar tecnicamente. Defendo é que tenha 40% ou 45% fixo equilibrado e depois as variáveis, que podem ser 25%, 30%, essa mecânica auferir audiência, meritocracia de campeonatos anteriores e outros pontos que podemos computar, como público médio, de ocupação. Porque meu estádio tem 62 mil lugares, teoricamente eu levaria vantagem, o Vasco tem 20 mil. Não vou ficar brigando, falando em perder porque o Morumbi é grande. Se entrarmos com visão mais global todos vamos ganhar. Não precisa ser 50% agora, pode ser uma transição, 40%, depois 45%, depois 50%. Primeiro tem que chegar o dinheiro. Tem que ser com muito equilíbrio e sem vaidade – comentou.

O presidente do São Paulo rasgou elogios a John Textor, investidor da SAF do Botafogo, que optou por assinar com a Libra.

– Até pela vocação do americano, ele vê a produção, o cenário, como um grande atrativo. Senti isso nele. Hoje você pega iluminação horrorosa, gramados ruins, logística ruim. Para vender o produto, tem que ter um teatro, um palco bonito. Ele vem com essa expertise do show. Foi muito bem recebido, ficou impressionado, assinou e eu fiquei com boa impressão do Textor. O futebol brasileiro tem um investidor vibrante, porque não adianta ser investidor frio. Está incorporando o Botafogo de Garrincha, Didi, Zagallo, Nilton Santos, isso é importante. Eu saúdo muito a vinda dele. Aliás, os clubes SAFs, Botafogo, Cruzeiro e Vasco entraram na Libra, porque quem põe dinheiro em clube sabe que a liga é o caminho desse retorno também no investimento – destacou.

– Estamos conversando muito, diálogo permanente. Esse projeto não tem que ter protagonista ou liderança, é de todos os clubes. Como o Textor, que foi muito rápido com a visão de negócios dele. Colocou vários pontos, inclusive direito internacional. Tem uma margem de dinheiro grande, porque o futebol brasileiro não existe fora. Eu disse “o princípio está correto, mas não dá para entrar no acessório antes do principal?” Ele disse “vamos entrar”. Temos que ir para a prática, deixar de ser a liga do botequim. Estamos no caminho certo – finalizou.

Fonte: Redação FogãoNET e SporTV

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