A torcida do Botafogo entendeu o momento do clube e a necessidade de apoiar. Essa foi a conclusão a qual chegou o narrador Luís Roberto nesta segunda-feira (18/7), após a derrota por 1 a 0 para o Atlético-MG, com aplausos de reconhecimento dos torcedores no fim.
– Estamos cansados de dizer sobre o projeto do Botafogo, a SAF, o aporte de dinheiro por um novo dono… Esse torcedor não tinha entendido que não ia ser campeão brasileiro esse ano. Foi para o estádio, lotou, em dois jogos que perdeu viu que não ia ser campeão, vaiou e xingou (John) Textor e (Luís) Castro. Então, percebeu que se o time se entregar, se matar, vamos apoiar, porque senão podemos cair. Aí o projeto em vez de ser de três ou quatro anos vai ser de cinco ou seis – argumentou Luís Roberto no “Seleção SporTV”.
Para o comentarista Paulo Vinícius Coelho, o time já mostrou um jogo mais coeso diante do Atlético-MG.
– O Botafogo competiu. Toda vez que joga com dois volantes, sendo um o Tchê Tchê, marca pouco e mal. O que corrigiu foi a entrada do Kayque, que não joga mais esse ano. Ontem com Tchê Tchê, depois Del Piage, competiu, desarmou no campo ofensivo. Leva o gol em lance que para mim o Douglas Borges falhou. Mas o Botafogo foi competitvo, atrapalhou a vida do Atlético-MG. Vinha de 11 jogos com oito derrotas, esta foi a nona, mas foi competitivo. Poderia empatar se tivesse mais refinamento ou experiência no ataque. O perfil da torcida ontem era o que sempre ia. Tinha um problema com gestão de expectativa para os 33 mil, 37 mil, que foram para ver time brigar na Libertadores. Não é esse time ainda – explicou.
Já o comentarista Sérgio Xavier Filho defendeu a permanência e a importância de Luís Castro.
– O grande problema do torcedor é entender que Luís Castro não veio só arrumar o time esse ano, veio para fazer um sistema de captação de jogadores. Foi escolhido como um cara importante para viabilizar o novo Botafogo. Tenho muita curiosidade para saber o grau de paciência do Textor, porque o Botafogo vai continuar perdendo, não todos os jogos. Vai demorar um pouco para conseguir sair dessa zona de sufoco. Qual será o tamanho da paciência do Textor e como vai conseguir acalmar a torcida? O projeto é importante, mas tem que seguir na Série A. Trocar o técnico não traria nenhum benefício – completou.