A torcida do Botafogo tinha a expectativa por ver jogadores pouco utilizados desempenhando bem na partida contra o Capital-DF, mas a atuação dos reservas na derrota por 1 a 0 em Brasília foi decepcionante. No programa “Redação SporTV”, no entanto, os jornalistas ressaltaram o contexto difícil para analisar individualmente os atletas.
– É um jogo que é muito difícil você fazer uma análise coletiva do Botafogo, porque você tem um time basicamente montado por reservas. Individualmente era um jogo que era muito importante para vários jogadores, como Patrick de Paula, Santi Rodríguez, Elias Manoel… Eu sou da opinião de que o coletivo sempre vai potencializar o individual, e não o contrário. É claro que você pode ter um jogador que individualmente decide uma partida, mas de maneira geral, na minha visão, o coletivo sempre vai potencializar o individual. Ainda assim, são jogadores que não conseguiram dar uma resposta, como o próprio Jefinho também. Mas é uma derrota que está longe de causar grandes problemas – afirmou o comentarista Pedro Moreno.
– São jogadores que precisam se mostrar. Do mesmo jeito que você falou desse do Botafogo agora, teria, por exemplo, o Matheus Gonçalves pelo Flamengo. Mas como é que você vai mostrar serviço num time todo descaracterizado? Num time que é todo reserva, num confronto que já está decidido… Time reserva não joga junto, não tem mais aquele coletivo de titulares contra reservas. Realmente dificulta muito mais – observou o apresentador Marcelo Barreto.
Outro debatedor na mesa, o historiador Luiz Antônio Simas ressaltou também a questão motivacional de atuar num confronto que já estava praticamente decidido – o Botafogo vencera a partida de ida no Rio de Janeiro por 4 a 0.
– Eu acho que tem uma questão também que é natural, não é uma questão intencional: questão de motivação. Porque uma coisa é você mostrar teu trabalho quando você entra num jogo à vera. Agora, em confronto decidido, fora de casa, 4 a 0… Tem uma certa desmotivação. Você pode até pensar: “Eu vou me motivar e tal.” Mas, às vezes, não é isso. Às vezes, você entra, vê o clima do estádio… A cabeça é importante demais. A gente, às vezes, não tem essa dimensão. O jogo não corresponde à expectativa. Porque não é você que faz só o jogo, é o jogo também que te faz – pontuou Simas.