O Botafogo foi o único clube que fez proposta para comprar Luiz Henrique nesse começo de 2024, revelou Amaury Nunes, um dos representantes do jogador, em live no “Canal do Nicola” nesta terça-feira (6/2). Ele revelou que o atacante recebeu propostas de empréstimo de Fluminense, Flamengo, Corinthians, Everton e RB Leipzig, mas só o Botafogo “chegou junto” e conseguiu negociar com o Betis, fechando a operação em potenciais € 20 milhões (quase R$ 107 milhões).
– A ida do Luiz Henrique para o Botafogo começou no final do ano. Ele estava na reserva do Betis, já tinha jogado muito bem, estava há um ano e meio lá, o planejamento dele era de ficar na Europa. Ele estava performando, mas nessa temporada chegou outro jogador, ele teve um leve desconforto, perdeu espaço, esse jogador começou a ir muito bem, o Luiz acabou perdendo espaço e fomos sondar o mercado. O Luiz Henrique queria ir para a Seleção, pelo menos para a sub-23, e precisaria estar jogando – iniciou.
– Obviamente primeiro fomos no Fluminense, conversamos, falamos de uma possibilidade de empréstimo, rapidamente o Mário (Bittencourt, presidente) iniciou as tratativas, mas aí o Luiz Henrique começou a performar e a história começou a mudar dentro do Betis, que só iria liberá-lo por venda. O Flamengo chegou a consultar sim, vieram propostas do Everton e do Leipzig por empréstimo e aí surgiu o Textor, que já tinha interesse no Luiz lá atrás – continuou.
– O Corinthians também fez proposta, por empréstimo, quando o Betis já não topava mais um empréstimo. Era uma proposta muito boa, bem próxima à que seria do Flamengo. Mas o Betis não queria mais emprestá-lo, e aí os valores não são todos os clubes do Brasil que podem pagar. Proposta de compra foi só do Botafogo, as da Europa também foram de empréstimo – frisou.
Amaury Nunes explicou ainda a novela na qual a negociação com o Botafogo se transformou. Segundo ele, a transação não estava fechada quando o jornalista Fabrizio Romano, maior especialista de mercado no mundo, cravou a ida do atacante para o Glorioso.
– O final da janela lá é dia 31 de janeiro, a postagem do Fabrizio Romano foi dia 28 e estávamos muito distantes da possibilidade de fechar. Existia a proposta e o Betis sinalizou que aceitaria, mas a proposta para o jogador ainda não estava com a gente, não tínhamos noção de salários e não era o planejamento voltar ao Brasil, tanto que estávamos negociando com Leipzig e Everton. Depois começou a negociação de Botafogo, Lyon, possibilidade de Crystal Palace, salários… Até o dia 31, ele não tinha assinado o contrato – disse.
O representante ainda explicou com detalhes outro ponto polêmico: a possível cláusula de transferência para o Lyon no meio ou no fim de 2024. Segundo ele, não há prazo definido e isso será debatido em conjunto por todas as partes envolvidas.
– Não existe um prazo. Existe uma cláusula que foi colocada dentro do contrato, a nosso pedido e do Luiz, para que ele possa ir para o Lyon caso haja interesse do jogador e do Lyon e, obviamente, entendendo o momento do Botafogo. É uma cláusula de muito respeito de ambas as partes, não é uma obrigação que ele tenha que ir para o Lyon no meio do ano ou em janeiro. Será entender o momento dos dois clubes, do Luiz, e aí saber tomar uma decisão. O contrato é com o Botafogo e ele fará o melhor possível para ajudar o Botafogo – explicou Amaury, ressaltando:
– A ideia era deixar claro no contrato que, em algum momento, durante esses cinco anos de contrato, ele possa ir para um dos clubes da Eagle na Europa.